Galera,
estou iniciando, finalmente, uma série de posts que pretendo fazer de alguns “estratégicos” passeios e eventos da minha viagem à Califórnia, EUA, entre o final de julho e começo de agosto de 2012.
A ideia aqui é vermos algumas coisas do sempre aberto post de opções a se fazer em viagens internacionais com foco, claro, em rock and roll / heavy metal.
Dentro do período que estive em curso nos EUA (cidade de Irvine e redondezas) + férias, tracei alguns pequenos roteiros de tudo que seria possível fazer de acordo com a agenda disponível na Califórnia que, como sabemos, é um verdadeiro paraíso (ou inferno?) de TANTA coisa que se é possível fazer relacionado ao tema do blog.
Sem querer falar o óbvio aqui, mas falando, a Califórnia é um convite à história do rock e do metal e respira em seu dia-a-dia nossas amadas variações rock, hard e metal. Basta ligar o rádio, ou parar para por as ideias no lugar fazendo uma breve pesquisa, que você chega a conclusão que você vai passar por lugares fantásticos e que, dentro do possível, uma “paradinha” é mais do que necessária. E mesmo quem não está “ligado”, acaba obrigatoriamente vivenciando algo relacionado: é impossível fugir da música e do rock em geral por lá (que chato, não?)… 🙂
E um dos lugares que queria muito pelo menos passar em frente e ver era a Long Beach Arena, ou melhor, o complexo chamado “Long Beach Convention and Entertainment Center” (além da famosa praia, é claro), que é alvo deste primeiro post. E foi para lá que, munido de um Fusion V6 2013 alugado e o ótimo TomTom instalado no celular, me dirigi na data de 24/julho/2012, uma terça-feira (aproveitando o maravilhoso horário de verão californiano, onde o sol só começa a se pôr depois das 20h30), para o 300 East Ocean Blvd ver o lugar que completou 50 anos este ano.
Falando especificamente da arena, o lugar já é tradicional na região por receber diversos tipos de eventos. Ou seja, além de muitos shows, jogos de basquete e hockey e já foi a casa das Olimpíadas (1984) para vôlei. Mas o que interessa aqui é a música – e a lista de shows da casa é grande e imponente: entre eles, o How The West Was Won, do Led Zeppelin (1972) ; Crossroads 2: Live In The Seventies, do Eric Clapton (1974) ; Turn Around, Live Long Beach, do Deep Purple (1971) e Live in the LBC & Diamonds in the Rough, do Avenged Sevenfold (2008). Isso só em termos de shows gravados, pois praticamente todos os grandes artistas e bandas já estiveram por lá. Certo?
Sim, claro que faltou o principal para mim: trata-se do álbum ao-vivo que provavelmente mais escutei na vida: o magnífico, o insuperável, o único, o provável melhor álbum ao-vivo de todos os tempos: Live After Death, do Iron Maiden. O resultado das 3 noites de março de 1985 é esta obra-prima (exceção às 5 músicas do CD 2 do release de 1998, da mesma tour (mas de Hammersmith Odeon). É a tour ainda que passou no atrapalhado show do Rock in Rio 1985 e depois foi reeditada em 2008/2009 (ainda bem, pois sempre sonhei em ver o Maiden abrindo um show com Aces High e achava que seria apenas sonho). Sem dúvidas, é um dos discos que mais ouvi na vida – top 5, com certeza.
Mas voltando. A partir das 17h00 (e ainda mais no caminho para as praias), o horário de pico deles existe e chega a lembrar, guardada TODAS as proporções do universo, São Paulo. A diferença é que há muitas pistas na estrada, as pessoas dirigem de maneira extremamente educada (dá seta, a pessoa de trás breca e você entra ; chegou primeiro, você vai primeiro – coisas básicas assim, mas que raramente temos). Mas fica a dica aos desavisados: trânsito (nas estradas apenas – dentro das cidades, apenas Los Angeles é caótica) é algo que definitivamente deve ser considerado em um roteiro no verão californiano.
Infelizmente, não consegui entrar na arena nesta noite. Como qualquer casa, a arena permanece fechada quando não há eventos. Eu tentei de tudo, até mesmo ver se tinha qualquer evento acontecendo para comprar ingresso e entrar. Infelizmente, como já tinha pesquisado, não havia nada mesmo previsto para aquele dia (nem para os próximos que ainda estaria no país). Tentei até o famoso “jeitinho brasileiro” quando vi um caminhão encostando para descarregar material (creio que alimentos). Fiz uma rápida amizade com o pessoal da segurança e outros funcionários, expliquei toda minha situação e que só queria “dar uma espiadinha”. Um funcionário até autorizou, mas quando realmente estava entrando, um segurança educadamente me barrou (ele estava certo, não cabia discussões). Tentei um último “chorinho”, mas realmente não deu. Fica para a próxima!
Abaixo, deixo algumas fotos para apreciação de todos. Não deixe de ler a descrição delas em suas respectivas legendas.
- O pesado trânsito californiano no horário de pico
- Chegando na cidade
- Entrada de Long Beach
- Dirigindo para a Long Beach Arena
- Vista de um dos estacionamentos públicos
- A entrada para o centro de convenções
- O “aquário” é realmente gigantesco e muito imponente! Quando passei em frente de carro, antes de estacionar, lembro de ter ficado bobo e falando sozinho no carro sobre o tamanho da arena, impressionado
- Deste ângulo, as bilheterias ficam ao lado direito
- A entrada para a arena
- Mapa de Long Beach que ganhei na bilheteria. O atendente ainda fez questão de me explicar todos os lugares a se visitar na cidade, como o Aquário, mesmo sem eu pedir
- Mais abaixo, fica uma das portas de serviço, por onde tentei entrar no dia
- Informações da arena e do projeto artístico explicado no post
- O estacionamento da arena – como de costume nos EUA, vagas largas e cumpridas
- Atravessando-se a avenida, chega-se à linda Marina (e à famosa praia, claro)
- Ainda a Marina, com a praia ao fundo
- Visão da arena do estacionamento da Marina
- Uma das praias mais famosas do mundo
- Típica rua de bairro da cidade…
- Screeeeam for meeee, Long Beach…
- A linda vista de quem está passeando por ali
- Indo até um ponto de surfistas da praia, já mais distante da arena
- Sunrise to Sunset…
- Indo embora da linda Long Beach, já com o sol realmente se pondo
Uma curiosidade adicional: a pintura externa do aquário da arena trata-se de um mural de 11.000 m² do artista ambiental Robert Wyland. É simplesmente o maior mural do mundo, de acordo com o Guiness. A intenção do artista foi retratar em uma pintura o processo migratório das baleias cinzas e de outras espécies aquáticas que pode ser observado ao longo das águas de Long Beach. Ainda, em 2009, o artista adicionou mais um mural da terra no teto da arena para o Earth Day daquele ano.
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Eduardo.
“That is not dead which can eternal lie
Yet with strange aeons even death may die.”
H.P. Lovecraft
Categorias:Artistas, Avenged Sevenfold, Curiosidades, Deep Purple, Discografias, Iron Maiden, Led Zeppelin, Off-topic / Misc
Comentários do amigo Sávio no Facebook do blog:
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“Show Eduardo!!! Realmente não tem como lembrar da Califórnia sem remeter ao Rock/Heavy Metal! Não vou estragar a surpresa do seu Blog, mas com certeza vai falar do……rsrs na Sunset Boulevard (Los Angeles)! Realmente Live After Death na Arena Long Beach foi um marco na história do Maiden! Up The Irons!!! Abraço!”
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Savio, agradeço pelas palavras e sim, ainda preciso seguir com tudo que consegui fazer na Califórnia. O evento que você menciona, com sua ótima companhia. Eu chego lá (este é um dos mais legais para falar, sem dúvidas).
Up The Irons!
Eduardo.
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“Opa, obrigado! Sim, queria ter ido junto, foi falta de comunicação…rsrs mas tranquilo! Como eu fiquei em L.A. os últimos dois dias, eu consegui dar uma passada rápida lá antes do segundo Show do Maiden em Irvine, pra chegar mais inspirado ainda!!!rsrs já votei no seu blog, to torcendo!!! Grande abraço!”
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[ ] ‘ s,
Eduardo.
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Post publicado no Whiplash: http://whiplash.net/materias/news_833/167115-ironmaiden.html
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Eduardo.
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Edu … parabéns pelo post e pelas fotos! Muito bom passeio pela “Praia Grande” HEHEHEHEHE Abraço.
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Chris, como você está? Tudo certo?
Valeu, realmente o passeio foi bem bacana (nem tinha como ser diferente, né?). Lembrei de você quando vi como a Long Beach Arena tem história também no hockey. Aliás, galera, o Chris tem um blog de hockey, focado em seu time de coração, de Toronto, Canadá, o Maple Leafs. O blog, que vale muito a pena aos interessados pelo esporte gelado, é: http://mapleleafsbrasil.com/
[ ] ‘ s,
Eduardo.
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Cara, muito bom! Fotos muito boas com a sorte de ter sido um dia realmente bonito! (apesar de que tem um cara de camiseta branca que estraga algumas imagens…):D
Brincadeiras à parte, excelente o seu registro! E pra quem viu esse, com certeza fica ansioso para os próximos, com mais belas fotos, como é costumeiro da sua pessoa!
Fiquei com uma impressão, mas queria que você descrevesse mais a estrutura da Arena. Estacionamento, chegada, saída… Deu pra ter uma idéia mesmo com a casa vazia, em um dia sem show?
Parabéns!
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Cara, vou te dizer que não existe “dia ruim” no verão californiano. Todos os dias que fiquei lá, exceção para a parte mais oeste do estado (San Francisco, por exemplo, que tem dias com “fog”), tiveram EXATAMENTE o mesmo tempo: céu azul-piscina, zero nuvens e um sol para cada um. Viva a Califórnia! O cara de camiseta branca foi de branco porque realmente estar de preto ali é cruel demais…
Obrigado pelos elogios e tenho outros registros bem legais a fazer, que tenho certeza que todos gostarão.
A arena possui uma estrutura impressionante. Além do enorme estacionamento próprio, há diversos outros ao redor do complexo, até porque a Marina e a praia está logo ali. O acesso é padrão primeiro mundo: organizado e sinalizado. Como eu fui seguindo o GPS, ele me levou para a entrada da casa, que não é na rua da entrada do estacionamento principal. Mas quando eu estava chegando, é impossível não ver a arena, imponente, e fiz questão de dar uma volta adicional de carro para ficar contemplando. Depois parei no estacionamento público (caro para os preços que observei em tantos outros estacionamentos na Califórnia, USD 10,00).
No estacionamento público, assim como é praticamente padrão em todos que fui, toda vaga tem um número. Você que tem que ir ao parquímetro, colocar o dinheiro lá em uma caixa de depósito ridícula, tipo uma caixa de correio, de acordo com o número da sua vaga. Acontece que o buraco para se por dinheiro (moeda ou cédula) é tão pequeno que enrosca tudo. Eu que coloquei dólar por dólar fiquei uns belos 5 minutos (hm) só para isso, hahaha… colocava, emperrava, aí tinha que empurrar com um pininho o dinheiro para dentro. Conversei com um casal de velhinhos que estacionaram ali e me recordo deles me contando que os americanos têm aos mesmo tempo orgulho disso (pois, teoricamente, você pode estacionar e não pagar – basta ver seu apetite ao risco de uma vistoria), eles têm vergonha do antiquado sistema. Eu concordo.
E cara, a infra deles ali é fantástica. Falarei mais desse tipo de coisa quando chegar nos posts dos shows que fui lá.
[ ] ‘ s,
Eduardo.
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Post publicado no blog Iron Maiden Brasil:
[ ] ‘ s,
Eduardo.
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Eduardo sensacional…….demorou mas chegou …finalmente o primeiro post da sua ida pros EUA…excelente texto e fotos…….muito legal ……
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Rolfístico, muito obrigado… sim, demorou, mas chegou… e os outros chegarão também – e tem bastante coisa ainda.
Vamos em frente!
[ ] ‘ s,
Eduardo.
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Eduardo, fantástico texto, espetaculares fotos … Eu confesso nunca tinha visto como era o tal Long Beach Arena, mas mesmo sabendo que seria algo suntuoso, não tinha idéia da dimensão que as fotos trazem . Imagina ver isso ao vivo! Parábens, amigo, por ter estado lá, você merece!
As memórias me levam ao meu primeiro disco de vinil do Iron Maiden, que comprei logo que saiu por aqui. Já conhecia praticamente todas as músicas via fita K7, mas a lembrança deste ter sido o primeiro dos vinis do Iron Maiden que comprei não tem preço, e logo duplo e registrando uma fase que deixou um legado sem igual…Aliás, ele continua sem nenhum preço para venda, visto que está guardado com todo cuidado nas proximidades de Brasília..
Que venha o próximo capítulo, com uma baita responsabilidade de ser tão bom quanto esse…
Up the Irons!
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B-Side, como de costume, agradeço muito pelas palavras… realmente é uma satisfação pessoal muito grande ver que todos estão curtindo a proposta aqui de mostrar um pouco do que pude curtir por lá. O nível aqui é alto e a responsabilidade é grande…
E confirmo uma coisa: ao-vivo, a arena é MUITO mais impressionante. Ela é GIGANTESCA mesmo, muito imponente.
Eu também tenho histórias e histórias com o LAD… foi ele que despertou meu interesse pelo Powerslave. Eu comecei ouvindo o A Real Live Dead One, que eu adoro também, mas foi no Live After Death que, em termos de caminho para gostar da banda, a rua virou estrada…
Seu registro é emocionante e um dia gostaria de conhecer esta coleção de vinis!
Até a próxima aventura por lá…
[ ] ‘ s,
Eduardo.
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O bom de textos randômicos no blog é que temos a oportunidade de curtirmos outras publicações bacanas e que ficam na história do MHM.
Muito legal. Califórnia… O que dizer, né? Talvez o Estado americano mais bacana depois (ou até em primeiro lugar) que Nova Iorque e com uma relevância histórica para o mundo da música e do entretenimento fantástica.
Um parabéns atrasado do amigo e…
Há controvérsias para o melhor disco ao vivo ‘ever’.
Segundo o Remote é o Made in Japan (Deep Purple) #SQN
Daniel
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Valeu, Daniel… sim, a ideia dos textos assim é justamente dar a oportunidade de relembrarmos – ou vermos pela primeira vez – posts atemporais que habitam este espaço. Vale o mesmo para as publicações dominicais do #MHMClassics.
Neste caso específico, foi muito engraçado, pois meu objetivo de viagem era “apenas” ver a Long Beach Arena. Sai da Universidade e fui sozinho dirigindo para lá… com o GPS, foi fácil chegar, o complexo é realmente enorme. Mas aí, de quebra, pude conhecer esta praia de nome tão famoso, bem como um pouco da linda e totalmente californiana cidade. É um passeio que recomendo, e muito.
Sobre o disco… o bom é haver controvérsias como estas, pois só saem excelentes nomes, hehehehe.
[ ] ‘ s,
Eduardo.
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