Cobertura Minuto HM – Foo Fighters em Calgary (Canadá) – parte 2: o show e a catarse – resenha

Passada a pequena aventura de comprar o ingresso conforme você pode ver na primeira parte deste relato, agora era guardar a emoção para ver o show do Foo Fighters e tirar proveito do espaço do Scotiabank Saddledome. A infra-estrutura da cidade permite que sair 1 hora antes de casa seja o suficiente para chegar ao local por volta das 7 horas da noite, conforme dizia o ingresso. O trajeto era muito simples:

  • Pegar um ônibus que levaria em média 10 a 15 minutos para chegar até o C-Train na Heritage Station
  • Lá pegar o trem em direção Victoria Park/Stampede que desemboca em uma grande passagem até o ginásio

No mapa fica mais ou menos assim:

trajetostampede

Embora possa parecer que a distância é longa isso fica desmentido durante o trajeto. O primeiro ônibus – durante aquele horário – passa a cada 10 minutos. Em seguida, já na estação, pega-se o trem que tem intervalos menores de 15 minutos. Portanto saindo às 18 horas de casa, muito provavelmente chegaria antes do horário do primeiro show, que seria do Royal Blood.

A tranquilidade ao chegar ao SS (é melhor abreviar do que copiar e colar ou digitar mesmo Scotiabank Saddledome) foi tão grande que meus primeiros pensamentos é de que o espetáculo seria um fiasco na questão “público”. De fato andar em Calgary, mesmo nas imediações do Downtown (centro da cidade) tem se a sensação de que a cidade está permanentemente em ritmo de férias, o que a torna mais encantadora e atraente, depois que você sai de uma cidade cujo o silêncio tem preço de ouro. Dentro de casa, fora de casa, nos meios de transporte, fora dos meios de transporte… no Rio de Janeiro temos uma percepção de “trilha sonora” formada por ruídos, palavrões, buzinas, interjeições sonoras não identificáveis e outras bizarrices nada dignas de nota.

Demoro um pouco a encontrar meu lugar no estádio. Para que sirva de referência, ele ficaria numa espécie de banco de reservas de um time de hockey/basquete. Conversei com um senhor de quase 80 anos se era ali mesmo o meu ‘seat’ e ele confirmou. Quando questionei-o se meu ingresso dava direito a ficar no first floor, que nada mais é onde fica o povão, ele disse que “obrigatoriamente eu deveria ficar onde era o meu assento”. Essa informação valeu para o show (e que show!) do Royal Blood e graças a minha ousadia, não foi válida para o show do FF, mas sobre isso falaremos depois.

Por volta das 7:10 pm, a dupla (?) Royal Blood subiu ao palco. Contando com Mike Kerr (guitarra) e Ben Thatcher (bateria), o RB (que se apresenta no Rock in Rio deste ano) muito surpreendeu a mim. Ao público, não. Os canadenses ficaram empolgados com as faixas executadas pelos ingleses, que tinham um peso tão sinistro e intenso, que eu fiquei “duvidando” (apenas força de expressão) que todo aquele som tivesse sido executado apenas por dois músicos. O curioso fica por conta das informações de que se trata de baixo/bateria e o que eu vi/ouvi lá foram GUITARRA/bateria. Com uma habilidade própria dos que possuem intimidade com o instrumento, Mike Kerr tocou as canções do RB com muita paixão e vibração; uma vigorosidade que não é muito normal na postura blasé de alguns artistas de sua terra. Auxiliado pela parede tribal de Ben, Mike Kerr além de ser um ótimo vocalista, utiliza a guitarra para fazer riffs muito interessantes e cantar boas melodias. Cheguei a duvidar se o sistema de som de um espaço dedicado aos esportes seria adequado para este tipo de apresentação. Ledo engano.

Infelizmente por conta da minha “obrigatoriedade” no assento, todos os registros fotográficos não ficaram a altura deste blog e por isso não temos fotos por aqui, mas eu convido aos leitores do Minuto HM, aqueles que estarão na noite de 19 de setembro do Rock in Rio deste ano. No palco mundo dividindo espaço com Gojira, Mötley Crüe e MetallicA, que deem algum crédito aos músicos que são competentes e excelentes no palco. Vale uma chance.

O intervalo é aquela hora sagrada onde damos uma andada, “vemos as modas”, renovamos a bebida (seja qual ela for) e aquecemos os motores. É nesta hora que ficamos pensando o que fica fora do repertório, se vai encher mais, damos uma passada no banheiro ou mesmo, ficamos apreensivos por termos conseguido um lugar melhor para assistir ao show de perto e sair dali, naquele momento, não é uma boa estratégia. Não seria se aqui não fosse uma cidade canadense. Busquei nas minhas economias grana para “matar” uma Fanta, já que cerveja me daria mais vontade de beber com pouco dinheiro. Bebi em copo “regular” (pronuncie a palavra em inglês) que equivale ao gigante no Brasil. Aliás, aqui em Calgary unidade de medida para bebidas que eu vi são small (que é o nosso médio), regular e large, que são praticamente a mesma coisa no que diz respeito ao tamanho. Foi mais de 1 litro da bebida amarela pra dentro da bexiga, suficiente pela hidratação das próximas 2:40 de show.

Antes, durante e depois, fiquei imaginando como o Nirvana escondeu Dave Grohl. O cara de 46 anos talvez viva o seu melhor momento artístico. Devotado ao rock e com enorme respeito entre os seus, Grohl personifica a figura do rock contemporâneo, longe dos estereótipos dos anos 70. Mesmo a viúva mais odiada do planeta (?) Courtney Love, já não nutre toda a antipatia que resistia em seu coração, especialmente quando Cobain deu cabo de sua vida. Aliás, mesmo naqueles tempos, Grohl manteve um ar diplomático ao se referir à mulher de seu ex-parceiro. Além de grande músico, é um catalizador de projetos e de pessoas. Ter entre seus amigos, só para citar alguns, Paul McCartney e Jimmy Page, não é pouca coisa. Já deu provas de ser um ótimo diretor de documentários. Consegue ter a sensibilidade de fazer das suas películas peças que retratam delicadeza sobre assuntos que poderiam ser triviais, como a história de uma mesa de gravação.

Um outro detalhe me chama bastante atenção na carreira do moço. Jamais utilizou da morte de Kurt para trabalhar o espólio de maneira que desrespeitasse o passado da banda (que bem ou mal, goste você ou não, foi uma explosão nos anos 90) e especialmente os milhões de fãs que o Nirvana deixou. Não me lembro – este foi o meu primeiro show – de ter se utilizado do repertório nirvanesco em espetáculos do Foo Fighetrs de maneira abrasiva, ou seja, se aproveitando do boné dos outros para acenar. Se o fez, a homenagem deve ter sido de alto nível.

Mas vamos falar de tek pix do show?

Por volta das 8:10 PM, o Foo Fighters veio a campo e trouxe um show, que segundo os meios de comunicação em Calgary, já estava na lista de shows do ano. Não é muito difícil saber o porquê e as razões que levaram os jornais a dizerem que Dave Grohl conquistou a plateia como um deus e que hoje, o Foo Fighters, está numa escala maior entre as estrelas do rock por conta do seu líder. E como um deus ele tinha seu próprio trono, após o acidente que sofreu e que foi responsável por quebrar uma de suas pernas (como você pode ver abaixo) em um show na Suécia. Não foram poucas as vezes em que o guitarrista líder do Foo Fighters fez piada com sua performance desastrada que levaria a tour a ser apelidada de Broken Leg Tour. A atual turnê tem datas até novembro e a banda não cancelou as datas, que terminam em Barcelona no dia 19 de novembro.

Para quem curte discursos inflamados e debochados, nem que seja para falar do acidente que fez com que ele produzisse um trono para de lá mandar seus acordes, um show do FF é um prato cheio. Brincalhão, gozador e totalmente politicamente incorreto, Dave Grohl poderia ter um repertório de *erda, que seu lado showman estaria valendo cada real (ou dólar) do ingresso adquirido. A banda mantém a discrição que é peculiar a este tipo de setup: o líder concentra em si as atenções e vez ou outra divide o estrelato com alguém no palco, como quase sempre é o caso do carismático Taylor Hawkins, um cara tão engraçado quanto Grohl e ótimo baterista. Não há uma só canção ‘explodida’ pelo grupo que não seja cantada a plenos pulmões pelas quase 20 mil pessoas presentes ao Scotianbank Saddledome.

O local está cheio nos anéis do ginásio, mas a parte do floor (ou chão, se você preferir) não está cheia. Conversando com outros brasileiros residentes aqui e que já estiveram em outros espetáculos, me explicaram que a cultura canadense não é muito de assistir “show em pé”. Isso explica que 70% do espaço principal destinado ao público estivesse cheio, deixando um clarão para trás, justamente nas saídas para os bares e banheiros que ficam no anel superior do Saddledome.

Versão acústica de “Time Like These” (exclusivo para o Minuto HM)

O sistema de ar-condicionado e o wi-fi continuam funcionando a todo vapor e confesso: foi constrangedor para mim em alguns momentos lançar mão do cellphone para fotografar momentos do show porque eram pouquíssimas as pessoas (vocês podem não acreditar, o público, em sua maioria, ficava atento ao show) que faziam selfies, apontavam o aparelho para o palco e toda aquela papagaiada que nós brasileiros já estamos habituados. Com o fardamento do Minuto HM lancei fora todo o espírito de timidez e cliquei por mais de 300 vezes a banda no palco canadense.

Mesmo as canções do último álbum “Sonic Highways” eram sabidas de “cór e salteado” pela audiência. Sem quaisquer tipo de exageros embaixo e com muita simpatia em cima, a banda foi desfilando o repertório de clássicos um seguido do outro, com várias interrupções para mais discursos do falastrão Grohl e para versões imensas das canções dos rapazes.

Tecnicamente não vi erros que pudessem comprometer o show, embora tenha observado que considero um empregão o papel do tecladista Rami Jaffee. Com três guitarras (Pat Smear, Dave Grohl e Chris Shiflett) mais a bateria cavalar de Hawkins, se “trabalhado” em regiões ou muito graves ou agudas, não ouvíamos nada do instrumento de Jaffee. Isso só não se cumpriu no cover de Under Pressure onde, por conta dos intervalos na própria harmonia, se poderia curtir as intervenções do moço. Fora isso, um assistente de luxo, que tem um grande privilégio. Acho que não preciso explicar a razão.

Diferente de outros shows da turnê Broken Leg Tour (oficialmente ela é chamada Sonic Highways World Tour), Dave Grohl embora com as muitas paradas técnicas para desandar em seus discursos, não fez nenhuma surpresa como chamar um aniversariante para tocar bateria ou cantar uma canção de amor para um fã no palco. O momento “whatever” da banda foi quando o baterista chamou a atenção para um garoto que estava perto do palco com um mullet estilo anos 80. Grohl não parava de rir quando não mais que de repente viu ao lado do menino um senhor, de aparentemente 55 anos, com uma barba estilo ZZ Top. Grohl olhou para o garoto mais uma vez e disse que ao lado dele estava o seu futuro. Todos se acabaram de rir e ele dedicou “These Days” a ambos. Momento ternurinha do show.

Se o momento fofuxo não trouxe grandes arroubos, os fãs tiveram um ótimo presente. Lá pelos 40 do segundo tempo, a banda executou a canção “Wind Up”. Para que se tenha uma ideia, o grupo não tocava esta canção desde a Echoes, Silence, Patience and Grace Tour, um dos discos mais vitoriosos da carreira do FF, sendo número em diversos países.

Uma outra característica deste show em específico foi a quantidade de famílias presente ao ginásio. É normal que os “camisetados” com suas bandas preferidas em sua estampa tomassem o lugar e com seus copos de cerveja e bastante animação fizessem um harmonioso estrago estético ao local. A mistura chega ser a assustadora. Muitos pais e mães, acompanhados dos seus filhos, entoavam as canções como se fossem headbangers, numa visualização para mim inédita, mesmo tendo ido a pouquíssimos shows, se comparados aos membros elegantes deste blog. Foi realmente emocionante.

Depois de mais de 2:40h de canções, a banda se despediu do palco com uma versão dreamtheateriana (pelo tamanho) de “Best of You”, que teve seu refrão cantado inúmeras vezes, sem demonstração de cansaço do público ou de marasmo no palco. Havia uma enorme relação de carinho e empatia entre ambos como poucas vezes vi. Dá para diferenciar a idolatria “pela idolatria”. O que eu percebi era um imenso respeito, alegria e carinho para com a banda, tanto que não foram poucas as vezes que Grohl olhava meio que boquiaberto para as milhares de pessoas ali que gritavam o nome da banda com uma reverência, se não religiosa, mas entusiástica. Um espetáculo em cima, aos lados, em baixo. Here, there and everywhere.

Acabou o show.

<div style=”text-align: center;” class=”setlistImage”>Foo Fighters Setlist Scotiabank Saddledome, Calgary, AB, Canada 2015, Sonic Highways World Tour

Novo desafio: saber se o C-Train ainda estava “rodando” e se a multidão presente que me acompanhava estava indo em direção à plataforma ferroviária. Confirmado isso, fui andando com os pés em frangalhos (não vá à show algum com sapato/tênis novo), mas com o coração imensamente satisfeito por ter feito um baixo investimento de grande ganho artístico pra mim. Sabia que ao vivo o FF era especial pelas apresentação televisivas ou mesmo pelo Rock In Rio em que o grupo foi ovacionado a cada canção, mas uma coisa é estar ali (bem pertinho) de uma das maiores referências musicais do momento, com uma história bonita e uma carreira que beira à impecável.

Chegando ao Victoria Park / Stampede nada de invasão, empurra-empurra, xingamentos (raramente se veem canadenses falando alto ou xingando) ou confusões com horário ou mesmo desconforto. Com a dinâmica de um jogo que está apenas começando, imigrantes, nativos, torcedores, fãs, entram em seus vagões conversando animadamente, mas com a elegância e educação que minha lembrança desconhecera ao buscar. Só lembrava da estação Maracanã lotada de gente, urrando seus gritos de guerra ou os cabisbaixos pensando na próxima partida. E ao chegar à Central… posso voltar para Calgary? Obrigado.

Foi extremamente prazeroso experienciar e aguardar mais um show, sabendo qual o padrão (ao menos neste primeiro) de um dos melhores lugares de espetáculos que já visitei. Confiança de que não será o último e esperança de mais uma vez dividir estas lembranças com vocês.

Daniel



Categorias:Artistas, Cada show é um show..., Covers / Tributos, Curiosidades, Foo Fighters, Nirvana, Queen, Resenhas, Rolling Stones, Setlists

6 respostas

  1. Esse blog ta internacional mesmo
    Muito bom Daniel

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  2. Daniel, tô muito atrasado aqui nos comentários e a semana promete ser das mais corridas. Mas parei alguns Minutos Hms para ler sua ótima cobertura e invejar a excelente estrutura de Calgary, além das citações de uma cidade de pessoas educadas e sem o tradicional corre-corre e empurra-empurra que você como eu acabávamos sempre presenciando no Rio de Janeiro. Eu , pelo jeito, continuarei , mas cada vez menos, por que a idade está chegando. Espero que não seja o seu caso.
    Do show, pouco a falar, já que não sou entendido no assunto. As fotos são excelentes, sua descrição sobre o duo que estará dentro em breve aqui no Rock in Rio chamaram e atiçaram minha curiosidade, vamos ver se eles sobrevivem ao espetáculo e publico mais tradicional que costumamos ver por aqui.
    o Foofighters tem sua presença no cenário musical cada vez mais aumentando e pelo jeito vai manter este status por algum tempo. Reconheço e admiro a o gosto genuíno de Dave pelo gênero e tudo que ele já fez de importante no cenário.
    Da banda, meu conhecimento é raso e de certa forma não tão entusiasmado.
    Parabéns pela cobertura, que venham outras como essa

    Alexandre

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    • Olá Bside,

      bom vê-lo por aqui.

      Obrigado, antes de mais nada, pelos elogios.

      Quanto à banda sugiro a você (e qualquer outro que deseje mergulhar ou ao menos conhecer algo da banda), o mais “famoso” deles que é o “There is Nothing Left to Lose”. Muito bem produzido, TiNLtL tem ótimas canções e aquela ótima veia do Dave para composição de boas melodias. Não considero neste disco nenhuma música abaixo da média. Uma das minhas preferidas é “Generator”, pelo arranjo e como todos os instrumentos funcionam na canção.

      Uma canção “old school” é “Walking After You”. Como gosto de músicas com estes intervalos de 5ª, ela é uma das minhas preferidas. Está no segundo álbum da banda, “The Colour and The Shape”.

      Por hora são estas dicas. Não acho necessário dizer, mas vamos lá (vai que tem outras pessoas atentas ao comentário): Foo Fighters não é metal, então é pra ouvir com outra atenção.

      Ah, se você puder, escute-as todas com fone de ouvido, para que te atentes aos detalhes (a linha de baixo de Generator é muito legal) dos arranjos.

      Um grande abraço e obrigado por comentar.

      Daniel

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  3. Daniel, por mais que eu me esforce, nunca conseguiria pedir desculpas o suficiente pela demora em comentar por aqui.

    Sobre o post, bem nos moldes das tradicionais coberturas por aqui, só tenho como elogiar de cabo a rabo. Não me surpreende a parte do transporte, e sempre fico aqui refletindo o como estamos atrasados e fora de uma realidade de primeiro mundo neste país. Mesmo que tenhamos como avançar tecnologicamente, faltariam processos, boa vontade, manutenção, enfim, eu não tenho muitas esperanças, como você e todos por aqui já sabem…

    Interessante ler o post hoje, já também pós Rock in Rio, quanto à banda de abertura. Em resumo, eu não gostei, mas interessante ler seus comentários.

    Já o prato principal é uma das bandas que mais cresce no mundo, já que seu líder é um cara que adotou uma postura bastante agressiva, cheia de alianças com outros grandes nomes da música. Ele está em todas! Mas fez isso com trabalho e dedicação, sem perder a postura rock and roll, então merece ser respeitado.

    Foo Fighters ao vivo é uma mistura bastante explosiva de energia, sempre liderado por Grohl mas pelo próprio som da banda (afinal, o ex-Alanis nas baquetas também bota todo mundo para pular). De “negativo”, são apenas as versões mais acústicas que Dave inventa, que as vezes se estendem demais.

    Dave é maluco: ele grita tanto que ao final do show, não é incomum ver que sua voz está totalmente desgastada. Ele se entrega ao momento mesmo, mas uma hora a conta vai chegar: espero que ele saiba cuidar de sua voz melhor que outros que, ao passarem dos 50, 55 anos, não conseguem mais entregar ao vivo.

    Ótimo post, ótima cobertura, aguardamos muitas outras! E obrigado!

    [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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