Esse é um daqueles posts mais que atrasados e que sempre ficam para depois… bom, ficou para agora…
Dando uma “repassada” pelos shows de comemoração de 30 anos do MetallicA (2011), onde a última música, Seek And Destroy, sempre reúne todos os convidados da noite, andei prestando mais atenção na música para ouvir os diferentes vocais, guitarras e tudo mais. Aí, prestando mais atenção, a letra “me lembrou” de fazer este post…
Bom, tanto a música como a letra dispensam apresentações por aqui. E temos o seguinte caso:
There is no escape and that is for sure…
This is the end we won’t take any more
Say goodbye to the world you live in
No caso do MetallicA, não temos um problema… o “live in” aqui está tranquilo e a métrica está salva sem apelações…
Mas uma década antes, Paul McCartney, em Live and Let Die, também usa “live in”, mas com um “in” no início e outro no meio…
Música esta sempre “coverizada” pelo Guns:
When you were young and your heart was an open book
You used to say live and let live
(you know you did, you know you did, you know you did)
But in this ever changing world in which we live in
Makes you give in and cry
“in which we live live in“… tipo “o mundo que você vive nele”… errinho gramatical fundamental para dar certo cantar a música: esse terceiro “in” neste mesmo verso é redundante. Bom, Paul teria as seguintes opções:
But in this ever changing world in which we live in – sem este último “in”, matando a métrica, ritmo, música, mas não errando gramaticalmente… não, Paul “está certo”…
ou
But in this ever changing world in which we live in – limando o segundo “in”, dava “quase” tudo certo, hein, Paul? Ficaria só um pouco estranho de cantar, mas acho que daria. Estou eu aqui questionando Paul McCartney. Onde esse mundo vai parar? É… “menos ruim” de cantar, mas não tão bom…
Paul, está tudo certo, desculpe… “in which you live in”… é isso aí, está tudo certo.
E Ticket To Ride, dos Beatles, lá de 1965?
She’s got a ticket to ride,
She’s got a ticket to ride,
She’s got a ticket to ride,
But she don’t care.
Com licença, auxiliar “does”… aqui, não… seria uma tentativa também de soar mais “americano”, mercado que os Beatles foram influenciados e estavam recém visitando no meio da beatlemania mundial?
É de deixar um aluno inicial de inglês maluco… “nunca vou aprender inglês”, pensaria ele.
Não dá mesmo para cantar “but she doesn’t care”. O certo daria errado… e os Beatles usam a tal “licença poética”.
OK… exemplos básicos. Quem tem outros?
Obs.: dedico este post à memória do nosso saudoso Daniel. Acaba de passar um ano que, tristemente, o perdemos.
[ ] ‘ s,
Eduardo.
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Eduardo, ótimo post. O Daniel adoraria, tenho certeza. Homenagem mais do que justa.
Parei aqui por um minuto, em respeito.
Daniel, meu amigo, onde quer que você esteja, está fazendo falta por aqui. E muita.
Mas vamos escrever sobre o post:
Antes de tudo, Macca está sempre certo…………mas……….( muitas reticências) …… eu também cometeria a ousadia de escrever a frase da Live and Let Die da seguinte forma:
But in this ever changing world which we live in. Metricamente pra encaixar na melodia , é bem possível uma pausa ( pra respirar, quem nem o Bruce????) depois do world , para seguir cantando.
Mas Macca está certo, é claro…sempre.
Em relação a She Loves You, até dá para encaixar o doesn’t, mas não ficaria perfeitamente adequado.
E eles podem colocar o don’t que quiserem, errado ” somos nozes “…..
Falando em don’t depois da terceira pessoa, o negócio é mais comum do que se imagina, olha aí:
E aí, vamos defender o Bon Jovi também ? Mesmo com duas toneladas de make up e laquê ?
Passo a bola
Alexandre
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Daniel sempre estará presente aqui conosco.
Rolf
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