Discografia HM: Altitudes & Attitude – trabalho de Dave Ellefson (Megadeth) e Frank Bello (Anthrax) com participação de Ace Frehley (Ex-Kiss)

Em algumas buscas sobre o Megadeth recentes devido ao impacto da notícia da doença de Mustaine, me deparei com algo interessante num primeiro momento: Altitudes & Attitudes. Trabalho dos baixistas Dave Ellefson (Megadeth) e Frank Bello (Anthrax). Em entrevistas na reportagem dada para o jornalista Stev Rosen à Metal Hammer, a dupla comenta sobre o trabalho, sobre a participação de Ace Frehley no solo da música Late e de suas bandas origens.

Infelizmente, o trabalho em nada me impressionou, ainda mais quando fui na expectativa de ver algo mais elaborado por baixistas, mas SQN… o trabalho nada tem a ver com Megadeth ou Anthrax. É um estilo bem mais leve e que até aí tudo bem, afinal, precisamos sair do aspecto “pré-conceito” e avaliar o material em si. Não me agradou. Músicas curtas sem muitas variações melódicas salvo a música instrumental Leviathan, que achei bastante interessante… no mais ficou pelo meio do caminho. Há com certezas excelentes arranjos e solos, mas nada que me faça voltar após a primeira audição. Achei que fosse ver algo mais focado em linhas de base e “cozinha” e não foi nada disso.

Segue um rápido comentário em música por música.

Out It Out – por ser a música que credencia o trabalho, houve uma expectativa grande sobre a música que até traz uma certa agressividade mas na minha opinião se mostra pobre em melodias e riffs não me agradando. Possui um trabalho muito bom nas guitarras. Nota 6,5

Late – já com uma melodia melhor, traz uma proposta acelerada melhor mas soa muito reta e a voz de Bello apenas segue a melodia. O baixo apenas segue a linha das notas retas. O solo creditado à Ace foi muito bem executado. Nota 7.

Out Here – Apresenta uma introdução com um bom baixo pronunciado e melhora na melodia. Há um trabalho vocal melhor com dobras no refrão. A musica é curta e soa parecido com Late. Há uma menção da utilização de um baixo de 12 cordas aqui.
Part of Me – tem uma excelente pegada e um solo matador: limpo, rápido e bem encaixado. A música possui um refrão interessante, mas não há nada demais. Até o momento a melhor música do álbum. Nota 8.

Slip – uma música bem simples de tudo e que pra mim poderia ser pulada fácil. Nota 5.

Talk to Me – embora ache a música bem fraca houve um espaço para o baixo.

Leviathan – opa, surgiu a campeã do álbum. Com levadas de guitarra dobradas e um riff muito bem trabalhado, fez bonito no álbum. Música instrumental que foi muito bem. Segue curtinha como as demais, mas funcionou.

Cold – na mesma fórmula simples e rápida sem maiores criatividades na música. Traz um refrão melodioso e sem muita criatividade. Nota 6.

Another Day – lembrou Live em Pain Lies on the Riverside no início. A bateria quebrada lembrou essa banda. Música bem pop. Nota 6

Booze and Cigarettes – possui boa introdução e uma pronúncia melhor da linha do baixo. O refrão é bom “… everyday is a new day…” diz a letra …. verdade. Pra mim, chegar até aqui me mostrou o quanto o álbum soa parecido.

Tell the World – a música muda a proposta das levadas rápidas e propõe algo mais cadenciado, mas peca na falta total de criatividade. Aos 1:51 de tempo da música, percebe-se que ela repetirá a sua construção. Há um solo de baixo de… 06 segundos… em uma musica de quase 4 min (?). Tem uma boa melodia pré refrão. Nota 7.

Here Again – tem uma proposta muito boa, possui um baixo bem pronunciado, dobras de pedal duplo e uma levada honesta. Boa música. Boa convenção de meio e levada com boa sonoridade. Há um solo muito bem feito, como na maioria do disco. A última do registro mostra uma melhora na criatividade do álbum, mas longe de salvá-lo. Nota 8,5.

Se você for baixista e for esperando algo que lhe agrade nesse sentido, esqueça!!!!

Grande abraço

Rolf “Dio” Henrique Neubarth



Categorias:Anthrax, Artistas, Curiosidades, Discografias, Kiss, Megadeth, Resenhas

3 respostas

  1. Rolf, vou incluir o projeto para as próximas audições . Eu sempre tenho muita coisa pra ouvir, mas a faixa instrumental eu tive a curiosidade de pegar para abrir a experiência e até achei interessante uma versão live deste ano que achei no youtube. Fica a dívida e quem sabe quando eu ouvir eu traga algum comentário por aqui.

    Segue o link que andei vasculhando hoje, com o Bumblefoot na guitarra. Já credencia bem…

    Alexandre

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  2. Rolf, esse post me chamou a atenção. Eu sempre gosto de ouvir coisas novas. Anthax eu passo fácil, então não sei avaliar o quão virtuoso é o baixista. Agora, Dave Ellefson eu conheço!

    E o álbum é realmente mediano para fraco. Parece aquelas parcerias pedidas pela gravadora e dando pouco tempo pro pessoal trabalhar. Poucas vezes o baixo tem um espaço merecido e, considerando que temos DOIS baixistas de bandas de nome, o hard rock com doses de metal me pareceu uma aposta muito fraca.

    O vocal também não agrada. Falta potência e presença. Se os baixos tivessem presença, talvez eu não estivesse cobrando o vocal …

    Agora, uma coisa me chamou atenção: foi o primeiro álbum que as músicas mais legais estão no meio, e não no começo. As primeiras faixas fazem você desistir bem rápido, mas quando chega em “Talk to Me” a coisa melhora.

    Mas, realmente, faltou mais presença do baixo, visto que o projeto vende essa proposta.

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