Viajar e em um intervalo de uma semana ver um show do Iron Maiden já dá uma alegria imensa. Ver dois então, nem se fala. Mas ver 3, senhoras e senhores, é o que vale – sem contar o Kiss e Mötley Crüe no dia seguinte :-)…
Novamente em Irvine, após passar o ensolarado dia na Disney, em Anaheim (finalmente podendo realizar o sonho de criança e cumprimentar o rato mais famoso do mundo), lá fui eu, queimado, cansado – esgotado, na verdade – fechar meu ciclo de Iron Maiden nesta North American Tour 2012.
Desta vez, meu ingresso era de “arquibancada” – as primeiras cadeiras. Quando o comprei, não havia no site nenhuma informação de abertura do pit para esta noite, como foi na anterior. Então, resolvi comprar o mais perto possível e ver o show sentado. Um show do Iron Maiden, SENTADO. Hahahaha… eu pensei que seria assim.
A chegada novamente se deu sem qualquer problema, bem como toda a organização. Eu, desta vez, vesti a camisa brasileira, pois nas Olimpíadas, estávamos na final contra o México pelo ouro no futebol – e ainda tive que ouvir muitos mexicanos me amolando… :-).
A verdade é que, obviamente, a cadeira que demarcava meu lugar – que, a propósito, é respeitado por todos – só serviu para a abertura, novamente por conta do Coheed and Cambria, novamente com homenagem a Dio, tudo igual.
Enquanto aguardava, o telão – que eu mal conseguia ver no dia anterior por estar próximo à grade – pedia para as pessoas enviarem SMS para aparecer em uma faixa. Uma iniciativa legal, daquelas coisas tipicamente americanas, de entreter o público enquanto há o hiato entre as bandas. Entre mensagens de “I’m here for Iron Maiden” e “today is my birthday”, eu arrisquei uma conta telefônica mais alta para ver se aparecíamos no telão – coisa que ou não aconteceu, ou eu perdi :-).
Nesta oportunidade, valia tudo para passar um pouco o tempo, já que nesta noite eu não conversei com ninguém mesmo. Enquanto isso, eu observava como as coisas funcionavam realmente de maneira organizada, com todos respeitando a numeração dos assentos, deficientes físicos com amplo e privilegiado espaço (exatamente na minha frente), câmeras e fotógrafos posicionados em locais que não atrapalhavam o público (diferente de locais aqui onde normalmente, quem fica mais para trás acaba disputando espaço com os profissionais, que não têm culpa), entre outras coisas. E a casa ficou novamente cheia.
O Iron Maiden subiria novamente ao palco para entregar outro show idêntico em termos de setlist e performance. O som, do local que eu estava, era excelente, mesmo sendo um local aberto. Apesar de eu ter visto na noite anterior a galera de pé, minha dúvida era atrás de mim, as pessoas pudessem querer ver o show sentadas e eu, de pé, iria atrapalhar. Por sorte, a galera se sentava apenas de vez em quando (eu devo ter sentado um pouco em Fear Of The Dark, provavelmente). De resto, a experiência foi legal em conferir as milhares de pessoas cantando, pois a a arquitetura do local facilita a acústica.
Eu me reservei a apenas registrar poucas fotos, até porque não havia muito mais o que registrar após as duas noites anteriores e, dada a distância, as fotos do celular servem mesmo apenas para isso: lembranças.
Vamos a elas, então:
E olhem quem desta vez veio mais perto e eu consegui tirar uma foto – Mr. Nicko McBrain…
Aqui uma foto panorâmica que tirei antes de sair, bem do canto:
Como eu tinha um voo bem cedo no dia seguinte, em Running Free eu já estava bem próximo à saída – e registrei mais duas da banda, uma delas com a visão de um dos câmeras:
Era hora de pegar a estrada, literalmente, rumo à cidade vizinha de Newport Beach.
Mas ainda me aconteceria uma coisa inédita em termos de Iron Maiden. Na minha saída, antes de chegar ao estacionamento, vi seguranças fazendo um cordão de isolamento de maneira meio abrupta. Pensei então que algum problema teria acontecido. Eles fizeram isso praticamente na minha frente e eu fiquei sem entender nada, olhando para ver se identificava alguma briga ou algo do tipo.
Não era nada disso: tratava-se da “comitiva” de Harris e CIA saindo por uma ruazinha de terra estrategicamente criada para o “escape” mesmo dos artistas. O mais surpreendente é que quando percebi isso, fui para um dos cantos do cordão, perguntei ao guarda se podia passar e como eu estava sozinho, ele deixou, me deixando em posição de quase ser atropelado pelos velozes carros… já imaginaram a notícia – “fã brasileiro de Iron Maiden é atropelado por carro de Bruce Dickinson na Califórnia”? Pois é, não fui pois fiquei bem no canto, e também não vi ninguém nos carros, mas foi um momento bem interessante…
E assim acabava minha loucura pelo Iron Maiden na Califórnia – a banda que me fez adaptar o roteiro de viagem para poder coincidir tudo. E esta tour é a mesma que me fará sair no meio do Rock in Rio para voltar para São Paulo e depois voltar para o Rio em poucos dias… com muito prazer, obrigado.
[ ] ‘ s,
Eduardo.
Categorias:Artistas, Black Sabbath, Cada show é um show..., Covers / Tributos, Curiosidades, Iron Maiden, Off-topic / Misc, Resenhas, Setlists
Muito boa a conclusão da “Maiden England Tour” nos USA! Parabéns!
Notamos, de tudo o que você postou, principalmente o respeito com o público (e do público em troca), a boa qualidade de som, a facilidade de acesso e a segurança de estar em um evento com milhares de pessoas aglomeradas.
Agora só falta mais 2 pra vocês ser o recordista em Maiden por aqui – bem, acredito que pelo menos no quesito “same tour”, dificilmente alguém o superará!
Aguardo ansioso os posts da “Brazilian leg”! (Principalmente Sampa, que não veremos na TV…)
Valeu!
CurtirCurtir
Abilio, obrigado por acompanhar a saga por aqui, fico feliz que tenha gostado, e obrigado ainda pelos elogios.
A organização é mesmo algo que quis comentar em detalhes por aqui, pois faz parte da experiência, não tem jeito. E também levanta a bandeira de que PRECISAMOS melhorar, e muito, por aqui.
Sobre a questão de recordes, não é o intuito… esta tour, com os 2 shows por aqui, completarão 5 shows, assim como vi 5 shows da Somewhere Back in Time. Infelizmente apenas 10 shows destas tours históricas – gostaria de ver pelo menos o dobro disso… e depois disso, ia querer o dobro… enfim, nunca é demais, ainda mais se tratando de algo que sabemos o quão histórico é.
[ ] ‘ s,
Eduardo.
CurtirCurtir
Eduardo, eu queria pedir desculpas em encher o saco para esta série sair, mas pode reclamar o que quiser, se eu não tivesse lhe pertubado, isso talvez não chegasse às páginas do Minuto HM, como alguns certos outros posts engavetados ( que você e eu sabemos de quem sao ) pelo jeito vão ficar na poeira…
A série é histórica e as fotos , eternizam o momento que você passou. Eu aqui sou um privilegiado de poder ler isso e em breve reler tudo de novo e traçar comentários mais adequados à qualidade do material.
Em suma, valeu à pena a perturbação
Hats off, Mr Eduardo !!! Que venha o RIR !!! Estaremos juntos, será um verdadeiro privilégio pra mim…
Alexandre Bside
CurtirCurtir
B-Side, não há qualquer necessidade de pedir desculpas. Eu que deveria ter feito isso muito antes, ainda em 2012, mas é aquele negócio que já sabemos: este tipo de coisa não dá para ficar “empurrando com a barriga” – tem que parar e fazer de uma vez, senão vai ficando cada vez mais difícil. Felizmente, consegui a tempo dos shows acontecerem por aqui.
Privilegiado sou eu, cara, de poder ter pessoas como você lendo tudo por aqui e mais ainda, de poder estar contigo em tão breve para mais 2 grandes shows no maior festival do país. Como sempre, eu só aprendo…
Muito obrigado!
[ ] ‘ s,
Eduardo.
CurtirCurtir
Eduardo, muito legal ter acesso a esse tipo de experiência de como as coisas funcionam por lá nesse sentido de show business. muito legal o post.
Cuidado pra não ser atropelado. Precisamos de vc inteirinho, viu
CurtirCurtir
Rolf, obrigado e você que já teve algumas oportunidades de ver isso de perto, sabe bem o que estou falando…
Pois é, imagina ser atropelado pelo motorista que levava a banda? Era só o que me faltava… hahahaha…
[ ] ‘ s,
Eduardo.
CurtirCurtir