Diretamente de Guayaq…. Amsterdam, mais uma cobertura inesperada para este blog!
Tudo começou cerca de duas semanas atrás. Uma chance de vir a trabalho para a Holanda me animou ao pensar na época do ano, verão, e nos festivais. A viagem demorou a ser confirmada e quando confirmada, a busca por shows começou. Muitos shows passaram no mês de junho. Há muitos shows pelas capitais da Europa ainda. Mas neste semana, por aqui, além do Exodus tocando em Utrecht na terça, cidade que estarei pela semana mas e dado compromisso do trabalho não poderei ir ao show, nada de metal apareceu no radar.
Entretanto, apareceu Paul Simon, para minha alegria pessoal. Um cara que jamais pensei que assistiria e tive a sorte de curtir um show em Madrid, de oferecendo de novo. E ainda melhor: shows no sábado e domingo!Viagem marcada, hora de ver o ingresso. Bom, o show de hoje só abriu pelo sold out do de sábado. Uma pena ter sido tudo em cima da hora. O de hoje, igualmente, praticamente esgotou, sobrando lugares praticamente no telhado do Ziggo Dome, arena que Paul Simon, supostamente, está fazendo (como tantos outros) seus shows de fechamento de carreira. Mas, do telhado ou não, aqui estou.
A viagem foi um pouco “trabalhosa”, com o voo saindo atrasado e uma conexão perdida. Deu tempo de ver a Bélgica passando o carro no Brasil por TV do celular, e a tripulação, já em velocidade cruzeiro, confirmado a desgraça. Nesse caso, peço gentilmente um favor: “B-Side, tire do teaser”. Ou guarde para 2022…O roteiro do sábado foi pra o vinagre, mas dei meu jeito e, dormindo apenas 3 horas, cobri Amsterdam e ainda fui para Utrecht largar as malas. Uma cidade diferente, liberal, com gente andando livremente no maior parque da cidade 100% nu, fumando um dos “orgulhos” nacionais, a maconha, tudo sem qualquer freio ou hipocrisia. Olha, é de ficar tonto dependendo do lugar que você está passando…
O dia de hoje foi de mais correria, com 15 kms andando, trams, táxi, trem, metrô, de tudo. O caminho para a arena se deu cedo para aproveitar e conhecer o complexo composto pelo Estádio Johan Cruijff, antes Ajax Arena, na homenagem ao maior gênio da história do futebol local. Além do estádio, há muitas lojas de esporte, restaurantes, cafés, um shopping grande e o “Dome”, já iluminado mas que, com o sol se pondo depois das 22h00, perde o efeito.
Vamos ver ao final do show, previsto para começar às 20h00 e terminar com duas horas e meia de espetáculo. Ao chegar, fiz o tour do estádio pra conhecer mais da história do maior clube do país que, desde 1995, está meio na segunda linha do futebol mundial. Um belo estádio, diga-se de passagem.“Homeward Bound to Farewell Tour”. Esse é o nome da tour de Simon, reunindo músicas de toda a carreira dele, tanto solo como com seu companheiro que poderia e muito estar reunido com ele, Garfunkel. Aliás, Art estava com visita marcada para passar em agosto por 3 cidades brasileiras, datas dadas pelo jornalista do Destak que costuma acertar. Infelizmente, dessa vez, como já aconteceu em outros poucos anúncios, parece que não vai rolar, infelizmente.
Mesmo estando no esquema “se eu encostar, eu durmo”, a alegria é enorme de poder ver esse grande músico uma vez mais no exterior. O complexo tem várias PAs espalhadas, dentro e fora dos locais, e por onde passei, só tem Paul Simon tocando. O complexo vai enchendo pouco a pouco e provavelmente eu seja o mais novo da turma de mais de 15.000 esperados para hoje, hehehe. E nem inglês estou escutando, pelo menos por enquanto.
Passam das 18h30, horário prometido para abertura. Logo estarei dentro e atualizo o post com mais fotos – ou mais tarde, como de costume. Para terminar por enquanto, queria dedicar este post à Luiza Savazzi Varella, filhinha dos meus amigos Fernanda e Murillo, que nasceu hoje de manhã, horário do Brasil. A alegria é inexplicável e mesmo de longe, já sinto a Luiza alegrando a vida de todos. Atualização 19h40: Dentro. Mas não foi tão “fácil”. Explico: quando o ingresso eletrônico chegou, todo em “dutch”, vi um monte de informações que são padrões e um monte de propaganda. Tinha sido desafiante comprar o ingresso também, sem opção em inglês, e o cartão se do bloqueado. Bom, mal ia traduzir a informação mas, ao ver a foto de uma mochila e uma umas frases em vermelho, lá fui eu. Na tradução, ficou claro que havia uma política de tamanho de mochila. Resolvi então resolver tudo que tinha ontem e hoje andar apenas com uma bolsa pequena, ainda que acima das medidas, mas vazia, para ter o passaporte, bateria de celular, cabos, comida, água, etc. Não comprei nada hoje, a não ser um imã de geladeira. Ao chegar, fui para a fila errada, já que não havia nada em inglês ou qualquer referência básica. A moça me autorizou a entrar com a bolsa após consultar um colega. Mas como tinha que escanear o ingresso, fui para outra fila. Nesta outra, após novamente duas pessoas fazerem um verdadeiro fórum de discussão, eu só vi uma cabeça balançando. Em inglês, argumentei mas não deixaram e me indicaram um local com locker. Andei e não achei o tal local. Aí enfiei tudo nos bolsos (vai explodir aqui) e fiz algo que é praticamente um teste meu de que na Europa, ninguém mexe nas coisas dos outros. Deixei a bolsa e comida dentro, além de uma camiseta que ganhei do tour do estádio, dentro da bolsa e amarrada ao lado de uma bicicleta no bicicletário. Minha teoria: estará tudo lá na volta. Vamos ver. Voltei para a fila de entrada que havia aumentado e fiz questão de voltar na mesma mulher. Ela barrou mais um cara de mochila (esse não deve ter visto o e-mail ou foi doido mesmo), mas um velhinho logo à minha frente, bem velhinho, estava com uma sacola retornável bem maior que a minha. Ela olhou, falou algo para ele, mas ele, claro, entrou. Obviamente, dei meu esporro na mulher, já que a regra, pelo que sei, não é por idade, até onde se sabe. Enfim… boa ideia de regra, mas sujeita ao ser humano, sempre dá nisso. O pior foi, ao entrar, ver um monte de lockers vazios que, por algum motivo, pelo jeito não quiseram liberar hoje. Já do lado de dentro, uma arena espetacular. Wi-Fi grátis e funcionando, diversos quiosques de bebidas e comidas, Heineken, claro, dominando. O local é realmente grande e são na verdade esperadas 17.000 pessoas, pelo que perguntei. Camiseta comprada, foi hora de subir algumas escadas rolantes até quase os dutos do ar condicionado, mas com visão bem aceitável.
A arena vai enchendo. Até a segunda parte. Ou melhor, volto aqui e comento o que deu da bolsa.
[ ] ‘ s,
Eduardo.
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O show acabou, mas neste momento, só quero comentar que minha bolsa estava EXATAMENTE igual como eu a havia deixado. Mas sem mexer um milímetro, porque marquei o jeito que a deixei.
A gente não devia estranhar isso… mas sabe quando vamos parar de estranhar isso morando no Brasil? NUNCA.
[ ] ‘ s,
Eduardo.
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Nunca….
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Vamos lá, ótimo post, by the way. Paul Simon é um estranho no ninho no blog, mas amado pelo presidente. Os posts dele são sempre ótimos. Então vale sempre quebrar a regra, ainda que goste bastante da fase com Garfunkel e torça sempre o nariz para a fase world music do cantor.
As fotos são excelentes, como sempre, chover no molhado.
A questão da mochila não foi de surpreender, o que é triste. Triste por que se fosse aqui……
E em relação ao gentil favor, desculpe, pode esquecer…
Agosto que nos espere.
Uma grande estadia por aí, Eduardo!
Alexandre
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Engraçado que eu conheço o Rolim há uns 12 anos e não havia me apercebido sobre essa predileção por PS.
Eu só fico feliz com esse ecletismo
Acho isso fantástico
Sobre o parque eu nem consigo imaginar
Muito louco
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