Cobertura Minuto HM – David Gilmour em SP (show 2) – parte 1

Listar bandas e artistas que nunca passaram pelo país é uma das coisas que recorrentemente é tema da galera por aqui, seja nos podcasts e até mesmo neste post aqui (aliás, bastante “curioso” reler este post e comparar as mudanças de 2011 para este final de 2015).

Infelizmente muitos de nossos ídolos se vão deste mundo sem a gente poder ter um contato mais “próximo”. Alguns nos dão a “chance”, trazendo suas tours até nosso país e muitas vezes até praticamente a “porta da nossa casa”, e nem sempre, por “n” motivos, conseguimos presenciar. Outros, então, vem pouco, vieram mas não vemos chances de retorno e muitos mal vieram… sem contar os que vão pendurando as chuteiras no caminho.

Já quando pensamos em “reuniões” de lineups clássicos ou que não são os originais mas que entendemos que foram o melhor de uma banda, as desconfianças, rumores e caminhões de dinheiro que normalmente estão aguardando fazem a gente viver no tal cenário de incertezas. São diversos exemplos.

Hoje vejo que a verdade é uma só: basta estar vivo para continuar sonhando em acontecer. Aos mais “experientes” nesta vida, creio que isso é a verdade absoluta. Afinal, basta comparar o que o país recebia de tours no passado e a quantidade de gente que pisou em nossas terras. A grosso modo, em termos de tours, praticamente todos vieram, em formações alternativas, clássicas, solo, mas vieram. Entretanto, há alguns nomes que sempre foram sinônimos de sonho.

E o nome que está este momento entre nós desde quinta-feira é um daqueles de categorias que poderiam ser chamadas de “eu acho que nunca virá”, “está tarde demais”, “já era”, “sem chance”, “impossível”, “que isso”, “para, vai”, “pfffff”… o inglês de Cambridge, David Jon Gilmour, a “outra metade” do Pink Floyd… ou como muito vem se falando na semana: “Gilmour-God acaba de chegar”. Não vejo exageros.

Rumores sobre a vinda de Gilmour ao país sempre chegavam e se iam com uma velocidade incrível. Chega uma hora que ninguém acredita ou dá bola – pelo menos, é assim comigo. Quando da fantástica confirmação, eu não tinha dúvidas que seria um show disputado e complicado de se comprar. Foi anunciada esta data deste já histórico 12/dez/2015. Eu achei um dia apenas pouco para São Paulo, mesmo com a crise financeira e política que assola o país este ano (e que está apenas em seu início no ciclo) e mesmo sendo o show em um estádio.

A venda online dos ingressos, mais uma vez, foi uma verdadeira pouca-vergonha, e dá raiva apenas de lembrar de eu tendo comprado 3 ingressos e no final nenhum deles foi confirmado, sem contar os bloqueios do meu cartão de crédito que, ao final, me impossibilitaram a compra.

Minha luta depois da noite foi apenas em cancelar os ingressos não confirmados pela empresa, mas confirmados pelo cartão (claro). Depois de muita briga com esta “casa da mãe Joana” que são (todas) estas empresas que abrem “nomes de guerra” para não afetarem a imagem e o capital da Holding realmente responsável pela operação (e as enormes dificuldades para obter cancelamentos e reembolsos no cartão), eu consegui deixar um “zero a zero”: sem ingresso, mas sem cobranças indevidas. Era hora de me conformar com os ingressos em setores indesejados que sobraram.

Eis que ligo (exatamente, LIGO) para a empresa novamente e de forma despretensiosa pergunto da VIP. E a menina que me atende responde que estava esgotado, mas que eu podia “ficar em uma fila” pois tinham muitos ingressos “voltando” a ficar disponíveis, já que muitos tiveram os mesmos problemas que eu. A situação é ridícula, não? Resolvi não fazer nada e ligar depois. Depois de algumas tentativas (umas duas ou três), lá estava disponível a pista VIP novamente. Nova compra, desta vez sem qualquer problema – como sempre deveria ser.

Pouco tempo depois, é anunciado um “show extra” em São Paulo que, na verdade, se tornou o primeiro show da lenda em nossas terras, já que o show foi ontem, dia 11/dez/2015. Assim, esse primeiro show acabou virando o “segundo”. Na segunda (!), David toca em Curitiba e na quarta, continua em direção ao sul do país até Porto Alegre. São estes os shows, são estas as chances, talvez as únicas que temos, talvez não… afinal, basta estar vivo.

Ainda é manhã, mas a ansiedade pelo show é grande. Espero voltar mais tarde com a parte 2 do post já de dentro do estádio, caso a dupla de sempre rede de dados e São Pedro assim permitam. Não vi setlist (apesar de imaginar algumas coisas), não vi nada deste show e da tour, portanto fica a expectativa como nos velhos tempos, quando tínhamos poucas informações. É uma boa sensação. Ah, eu sei que a banda de Gilmour tem um brasileiro saxofonista de Curitiba, João Mello, de apenas 20 anos de idade! Ou seja, o Brasil agora é parte da banda de alguém que eu jamais esperava ver, e isso direta ou indiretamente pode significar muito!

Até a noite, ou até a resenha.

david-gilmour-brazil-tour-2015

[ ] ‘ s,

Eduardo.



Categorias:Agenda do Patrãozinho, Artistas, Cada show é um show..., Curiosidades, Pink Floyd

5 respostas

  1. Tivemos várias “ameaças” de chuva durante a semana, especialmente no final da tarde / noite. Mas nada demais.

    Agora, claro, HOJE, pelo menos na região Leste de SP, onde estou hoje antes do show, choveu e choveu bem. Neste momento, continua uma boa garoa.

    Vamos ver pela região Oeste, principalmente durante as horas do show…

    São Pedro e eu continuamos nossa “batalha”…

    [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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  2. My friend, post muito bonito!

    Gostaria de estar aí com você, como sempre, mas infelizmente estava muito caro.

    Mas enfim, curta por mim, que mesmo de longe estarei aí com você!

    Abraço!

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    • Marcus Batera, valeu por comentar aqui também (sempre no blog!), e sim, você fez uma falta danada… infelizmente, está realmente cada vez mais difícil acompanhar grandes shows em nosso país, e sim, há que pinçá-los cada vez mais…

      Com a crise política e financeira de 2015 no país, e com o cenário de terror já mais que claro para 2016, pior ainda… mas ainda há público, então como é um mercado totalmente desregulado, não auditado, terra de ninguém, somos explorados mesmos…

      Enfim, uma pena mesmo e obrigado novamente pelas palavras…

      [ ] ‘ s,

      Eduardo.

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