Discografia Iron Maiden – Episódio 11: 1995 – The X-Factor

Herrar é umano!

No capítulo anterior (que você poder ler aqui), Bruce Dickinson deixa o Iron Maiden para se dedicar à uma carreira solo sem as amarras criativas que ele era submetido no regime militar de Steve Harris. A banda, que havia lançado vários materiais ao vivo ao longo de 1993 e 1994, precisava de um tempo para se recompor e buscar um novo front man.

O processo de escolha de um novo vocalista

Se você acredita realmente que todas aquelas fitas enviadas ao pessoal do Iron Maiden em um concurso mundial foram ouvidas e que a escolha do novo vocalista da Donzela de Ferro foi baseada nessas audições (foram mais de 1500 fitas), por favor, não esqueça de escrever a sua cartinha ao Papai Noel nesse ano.

O Wolfsbane, banda cujo vocalista era Blaze Bayley, abrira para o Iron Maiden na turnê do No Prayer For The Dying, e, desde àquela época, Steve Harris tinha gostado da voz de Blaze, sempre ouvindo-o durante os aquecimentos. Logo que Bruce anunciou sua saída, Steve ligou para Blaze, para saber se ele tinha interesse em fazer um teste. O convite foi declinado, pois o Wolfsbane estava preparado para sair em turnê de um novo álbum. Lealdade à banda sempre foi um fator que Steve considerou importante e pode apostar: Blaze tinha ganhado fichas com o baixista da Donzela.

O time do Maiden não tinha pressa em escolher um novo vocalista, e Steve ainda tinha trabalhos inacabados. Foi em 1994, em 08 de Agosto, portanto, que Maiden England foi lançado em CD, cinco anos após o VHS da turnê do Seventh Son Of A Seventh Son.

Maiden England

A versão em CD do Maiden England, show que só tinha sido lançado em VHS até então

A versão era editada do VHS, não contemplando as faixas Can I Play With Madness e Hallowed Be Thy Name. Foi estranho o “novo lançamento” ser bem após o Raising Hell, que marcou a despedida de Bruce nos vocais, mas também uma maneira de mostrar aos fãs que as pessoas não estavam paradas nos bastidores.

Durante a turnê do Wolfsbane, Steve Harris e sua turma tinham testado algumas pessoas. Alguns candidatos que foram realmente considerados para o cargo foram (a revista Rolling Stone publicou certa vez que doze foram os vocalistas considerados, sem revelar os nomes; mas eu nunca consegui montar essa lista completa – se você souber de mais alguém, comenta, por favor):

  • Andre Matos (Angra)
  • Damian Wilson (Landmarq, Threshold)
  • Doogie White (La Paz, Pink Cream 69)
  • Glynn Morgan (Mindfeed, Threshold)
  • Russ North (Cloven Hoof)
  • Steve Grimmett (Grim Reaper)

Entretanto, nesse meio tempo, a turnê do Wolfsbane acabou e Blaze ligou para Steve, perguntando se já tinham achado alguém pois, agora, ele teria disponibilidade para um teste. O processo de audição consistia em cantar cerca de dez canções da banda, além de uma atividade de criação, onde pedações de canções que haviam sido previamente construídas deveriam receber colaborações criativas, tanto em letra como melodia. A banda chegou em dois finalistas, esses aí embaixo:

Final

Os “finalistas” para o novo vocal da Donzela: Blaze Bayley e Doogie White

Mesmo White tendo mais recursos técnicos, acabaram optando por Bayley Cook (o nome verdadeiro de Blaze), pois ele não teria como ser uma cópia do Bruce Dickinson, trazendo identidade própria para as novas canções do Maiden. Alguns membros da banda foram contra Blaze em um primeiro momento, mas Steve deu alguma maneira de convencer todos. Tem até uma brincadeira na história da banda, onde Nicko chegou para Steve e disse: “Olha, eu ouvi que esse cara é meio festeiro, ele pode trazer problemas”; sendo que o baixista respondeu: “Mas Nicko, nós contratamos VOCÊ!”, e os dois caíram na risada. Blaze foi oficializado próximo ao Natal de 1993 e, por curiosidade, o escocês Doogie White foi contratado para o Rainbow pouco mais tarde.

Estrutura

A espinha dorsal do Iron Maiden e suas ramificações: sai Bruce Dickinson, entra Blaze Bayley

Singles de The X-Factor

Man On The Edge

Lançado em 25 de Setembro de 1995, contendo o subtítulo de “Part I” e “Part II” (eram dois CDs separados), foi lançado em formato de box, com espaços para cinco CDs: a parte I e II do Man On The Edge, o álbum The X-Factor e as partes I e II do single de Lord Of The Flies, que veremos em seguida que foi dado um pelé nos fãs.

  1. Man On The Edge: mesma versão que está em The X-Factor.
  2. Judgment Of Heaven: mesma versão que está em The X-Factor.
  3. Judgment Day: foi gravada para o novo álbum, mas precisou ser retirada, pois o tempo total de música que um CD comportava não adequaria a canção. Acabou ficando aqui. Uma pena, porque ela é melhor que algumas canções que estão em The X-Factor.
  4. Justice Of The Peace: outra que não teve a mesma sorte, assim como Jugment Day. Mesmo sendo criada sob a mesmíssima estrutura de algumas canções de The X-Factor, também acho que essa canção merecia lugar no álbum – tanto ela como a anterior desse single são mais rápidas e com alguns riffs mais legais que algumas faixas do álbum. No final dessa música, Nicko ou Steve falam algo, mas nunca consegui entender o que é …
  5. Blaze Bayley Interview Part I: não sei para quem era a entrevista e se ela foi criada propositalmente para o single. Dividida em duas partes, temos somente Blaze conversando com uma repórter sobre o processo de escolha do novo vocalista e como foi a experiência de composição do novo álbum.
  6. Blaze Bayley Interview Part II: aqui é a parte II da entrevista, lançada na parte II do single.
  7. I Live My Way: essa canção foi uma edição especial do single em disco. Tem uma introdução bonita, mas um refrão chato.
Single Man on the Edge

As capas da parte I e parte II do single Man On The Edge

Esse vídeo contém a entrevista com Blaze Bayley que está nos singles. Muitos dos excertos dessa entrevista são mencionados na biografia oficial da banda e mesmo os aversos ao sotaque britânico não terão dificuldade para entendê-la:

Lord Of The Flies

Lançado em 02 de Fevereiro de 1996, após o lançamento de The X-Factor, continha três faixas:

  1. Lord Of The Flies: mesma versão que está em The X-Factor.
  2. My Generation: música conhecidíssima, cover do The Who.
  3. Doctor Doctor: música conhecidíssima, cover do UFO, cuja versão original abre todo santo show da banda.

E a capa do single, hein? Colocaram uma criança para fazer. As moscas gigantes perto do Eddie vestido de rei são simplesmente amadoras. Vale lembrar que essa era a parte I do single e a parte II, que fora prometida, nunca existiu. Assim sendo, quem tem o box comprado no single Man On The Edge, com espaço para cinco CDs, nunca preencheu o último.

Iron Maiden Single Lord of the flies

A horrível capa de Lord Of The Flies

The X-Factor (1995)

Coisas que ninguém presta atenção Ficha Técnica:

  • Produtor: Steve Harris
  • Engenheiro de som: Nigel Green
  • Engenheiro auxiliar: Steve Harris
  • Capa: Hugh Syme
  • Gravado no Barnyard Studio, em Essex
  • Mixado no Chop ‘Em Out, por Ronal Whelan
  • Fotos: Ross Halfin e Simon Fowler

Lançado em 02 de Outubro de 1995, o álbum demonstra um baque sonoro com relação a tudo o que a Donzela tinha feito até aquele momento. Cercado de uma atmosfera sombria e pesada, que combinou com a voz de Blaze, o álbum passeia por onze faixas com altos e baixos, mas sempre mantendo um clima depressivo, melancólico e bem mais “parado” com relação às músicas enérgicas que a banda fazia. Não vou ficar aqui fazendo comparações com o Bruce, até porque vamos comparar banana com abacaxi.

Rod Smallwood, inclusive, sabia que teria dificuldades em conseguir vender um álbum tão depressivo como esse e, por isso, enviou Blaze Bayley e Dave Murray para mais de 30 países para auxiliar na promoção de The X-Factor. Dave descreveu a missão, até então, como “a mais difícil e cansativa depois da World Slavery Tour”.

A capa traz, pela primeira vez, um Eddie que não é desenhado, depois de um palpite de Dave Murray que foi aceito. O Eddie sofrendo lobotomia foi criado por Hugh Syme, muito conhecido por fazer as capas do Rush. Ela teve pedaços censurados em alguns países, com a imagem original só sendo colocada dentro do encarte. Ah sim, e o X do título é uma referência ao número romano (o nosso conhecido 10), pois esse é o décimo álbum de estúdio da banda.

capa

A capa de The X-Factor

Tracklist

  1. Sign of the Cross (Harris) – 3:24
  2. Lord of the Flies (Harris) – 3:38
  3. Man on the Edge (Bayley) – 6:56
  4. Fortunes of War (Harris) – 5:35
  5. Look for the Truth (Harris) – 4:40
  6. The Aftermath (Harris) – 5:50
  7. Judgment of Heaven (Harris) – 4:54
  8. Blood on the World’s Hands (Harris / Gers) – 3:54
  9. The Edge of Darkness (Harris / Bayley / Gers) – 3:08
  10. 2 a.m. (Harris) – 5:36
  11. The Unbeliever (Harris / Gers) – 5:39
Lineup

O Line-up de The X-Factor – Esq. para dir.: Nicko McBrain (bateria), Steve Harris (baixo), Blaze Bayley (vocal), Dave Murray (guitarra) e Janick Gers (guitarra)

Faixa a faixa

Vou sair respondendo de cara a primeira pergunta: não, a culpa não é do Blaze Bayley. Se você quer culpar alguém por The X-Factor soar o que soa, culpe Steve Harris. O álbum é muito mais um trabalho auto-biográfico do líder da Donzela do que um álbum da banda Iron Maiden, devido uma consequência de tudo o que se passava com o baixista naquele período de sua vida, principalmente o processo de separação de Steve com Lorraine, sua primeira namorada e grande amor, com que era até então casado e com três filhos no relacionamento. Das onze faixas do álbum, o baixista leva a assinatura em dez delas e na grande maioria é explícito seus medos, culpas e incertezas dentro das canções.

Outro ponto do álbum, em termos genéricos, está na estrutura das músicas. Literalmente, a “mesmice” que a banda produzirá tranquilamente pela próxima década começou aqui: introduções calmas, maior carga de frases progressivas, melodias de guitarra que seguem uma linha que a voz vai cantar igualzinho e repetições exageradas de excertos de pequenos trechos de letras. Também pudera: o produtor do século, Martin Birch, aposentado e o líder irredutível, Steve Harris, em depressão, criando e produzindo tudo, não tem como haver criatividade.

Sign Of The Cross, a faixa de abertura, é praticamente Steve Harris frente ao espelho. Com o nome inspirado no filme O Nome Da Rosa, a canção não tem mais nada do filme. Uma letra de auto-penitência se inicia, com homens encapuzado, vestidos de preto, como sombras, que matam em nome da Igreja, indo até o personagem que a canta para purificar seus pecados, metaforicamente representada aqui pela Inquisição Católica. Tem-se início ao martírio e aos questionamentos de Steve sobre o que está passando em sua vida naquele momento. Essa faixa possui excelentes solos de guitarra e uma introdução revolucionária para o que a banda vinha fazendo até aquele momento (muita gente não gosta, mas que foi algo diferente, foi). É um dos pontos altos do álbum e uma das poucas canções que até hoje se mantém em setlists.

Lord Of The Flies, na segunda posição, é uma canção que nunca me laçou. Baseada no romance homônimo, escrito por William Golding, em 1954 (e que também virou filme). A letra passa a mensagem que todos nós, seres humanos, possuímos o mal guardado, pronto para ser usado em situações extremas ou que nos sejam necessárias. No romance, cada personagem representa uma característica da natureza humana, sendo que a letra possui o ponto de vista do personagem Jack, que é o mais violento e inconsequente. O termo “Lord Of The Flies”, inclusive, é a tradução literal da palavra grega Belzebu, nome designado ao responsável por acender o ralo, como dizemos por aqui.

Lord of the flies - Romance

O romance Lord Of The Flies

Na terceira posição temos a primeira contribuição de Blaze nas composições. Man On The Edge foi escolhida para ser o primeiro single, até porque possui uma energia que o resto das músicas não tem (e não é coincidência – se Steve tivesse posto a mão nela, seu clima será negativo como o álbum o é). A canção foi baseada no filme Um Dia De Fúria (Falling Down, em inglês, cujo título inclusive é parte do refrão), que mostra um cara “normal” que é tomado pelo stress da cidade, acabando por se revoltar de maneira violenta e descontrolada. Essa canção ao vivo tem uma energia sensacional – eu mesmo a presenciei na turnê do Blaze de 2019 que passou pelo Brasil!

Fortunes Of War, que vem na sequência, narra o que se passa na mente de um soldado quando ele retorna da guerra (como se fosse uma consequência da intenção da letra de Afraid To Shoot Strangers, do álbum Fear Of The Dark, que narra o ponto de vista de um soldado durante uma guerra). A letra é bem clara e autoexplicativa, mas volta nela agora e leia-a como se esse soldado de guerra fosse Steve Harris – você perceberá que muitos dos questionamentos do baixista foram “camuflados” como questionamentos genéricos de guerra, mas que na verdade são os anseios de Steve que se complementam com o que foi escrito em Sign Of The Cross. Instrumentalmente, considero uma canção sem sal, que poderia ser bem melhor trabalhada (mesmo tendo uma cavalgada de baixo na parte mais acelerada que é bem legal).

Na quinta posição, Look For The Truth é uma canção que podemos notar como Blaze tem muita limitação de técnica vocal, pois já na primeira estrofe é possível sentir como é sofrível o vocalista fazendo extensões mais altas em frases como “Here is the dream that makes monsters of men”. Eu me lembro de soltar um “nooossaaaa” quando ouvi essa parte pela primeira vez – fica muito claro que a voz é realmente muito grave e não tem altura. A letra traz novamente o tema do auto questionamento e, na minha opinião, essa é uma das piores faixas do álbum: letra fraquíssima (o refrão é horroroso e o tema em si é muito mal trabalhado) e instrumental fraco.

The Aftermath, sexta posição, é outra faixa que fala sobre a futilidade da guerra e do questionamento do porquê lutarmos. A letra é narrada na visão de um soldado e, apesar de termos um trecho constantemente repetido (After the war, left feeling no one has won / After the war, what does a soldier become), o instrumental dessa vez é acertado – até o solo de Janick é bom. Eu já li uma teoria da conspiração que a guerra inspirada para essa faixa foi a de Paschendale, que está em Dance of Death, mas menciono isso como curiosidade, pois os argumentos que tive contato não trazem sustentação.

E na sétima posição voltamos aos questionamentos de Steve Harris sob suas ações e consequências, com Judgement of Heaven. A letra é bem explícita frente às dúvidas que, querendo ou não, acredito que todos nós já passamos: estamos fazendo o que é certo? Se pudéssemos voltar no tempo, mudaríamos alguma coisa? Fato é um só: estamos sendo observados e, querendo ou não, nossas ações terão um julgamento divino. A faixa é de longe uma das minhas preferidas, até porque a banda conseguiu colocar uma atmosfera instrumental de esperança em uma canção cujo tema são dúvidas e incertezas. Até o teclado explícito no refrão ficou legal, como se viesse dos céus. Só não salva a tentativa de Blaze de gritar no final da música.

Blood On The World’s Hands, a oitava faixa, trata de um tema importante para Steve Harris frente ao seu processo de divórcio: seus filhos estariam, a partir daquele momento, jogados à mercê das maldades do mundo. Daí vem o título da canção e seu desenrolar. Infelizmente, é uma música muito chata: ela tem todos os elementos que comento no início do faixa a faixa e, para mim, a categorizo como a pior canção de The X-Factor.

Ainda bem que a chatice vai embora na nona posição, com The Edge Of Darkness. Possuindo um clima mais alegre e sem um refrão convencional, ela é baseada no filme Apocalypse Now, de 1979. A letra é narrada por um soldado na guerra do Vietnã que recebe uma missão (e que é a história do filme). Iniciando com o som do helicóptero de guerra, algumas linhas do filme foram colocadas na letra, que é possível ouvir no início do trailer:

E voltamos na décima posição com os lamentos de Steve Harris, com 2 A.M. retratando um homem em seus pensamentos e angústias, sozinho em casa às duas da manhã, após um dia de trabalho, acompanhado apenas de uma cerveja. O solo, feito por Janick, usa a mesma escala e ritmo de Wasting Love, o que faz a qualidade da canção dar uma boa caída.

Fechando o álbum temos The Unbeliever, que, na minha opinião, traz muito pouco para uma música de fechamento que trazia uma nova formação, mesmo trazendo elementos que nenhuma outra faixa do álbum tem, como o uso do violão no refrão.

O álbum acaba com uma sensação de vazio, como se não fosse um álbum do Iron Maiden que tivesse tocado, não só pelo novo tom que Blaze trouxe, mas pela falta de criatividade que as canções possuem e pelo exagero em melodias progressivas. A dor pessoal de Steve Harris falou mais alto. Quando me perguntam se acho o álbum bom, respondo que “sim” (eu realmente acho bom), mas eu sempre pulo Look For The Truth, Blood On The World’s Hands e The Unbeliever.

E se por acaso você nuuunca ouviu The X-Factor, nunca é tarde tenta a sorte:

Já a turnê, The X-Factour, iniciada em Setembro de 1995 e finalizada em Setembro de 1996, trazia as seguintes versões de Eddie:

iron maiden the x factour 1995

Há poucas fotos ao vivo dessa época. Muito difícil achar uma boa foto do Eddie.

A turnê foi muito estudada, dado que The X-Factor ficou fora do Top 5 das paradas britânicas desde Killers! A primeira coisa a ser feita era “amaciar” Blaze Bayley, não só pelo fato do entrosamento ao vivo, como também porque sua antiga banda não tinha um setlist de 100 a 120 minutos que deveria ser cantado com frequência. A segunda coisa era preparar o setlist ideal para o que Blaze aguentava – logo, músicas marcantes na voz de Bruce Dickinson, como Run To The Hills, o primeiro single de The Number Of The Beast, estavam fora de cogitação. Em terceiro e não menos importante, uma afiada imprensa britânica aguardava a nova formação ao vivo sedenta por críticas; portanto, os primeiros países por onde o Maiden passou na turnê estavam fora dos locais mais conhecidos – o destino inicial era África do Sul e Europa Ocidental, locais onde a banda nunca tinha se apresentado antes.

Aproveite e veja esse vídeo de quando os caras foram pela primeira vez em Israel. Sinta o despreparo do entrevistador, perguntando coisas como se os caras usam drogas ou se são satanistas (e Steve e Blaze levando no bom humor):

E teve também um outro ponto importante: os shows para grandes plateias foram diminuídos, sempre que possível. Não foi o caso da América do Sul, por exemplo, visto que o período que o Iron Maiden vem para cá é meio demorado frente à periodicidade de shows na Europa e Estados Unidos. Claro que o discurso era “aproximar mais a banda de suas raízes e dos fãs”, mas sabemos que isso foi uma bela desculpa devido ao baixo índice da venda de ingressos, da vendagem do novo álbum, das críticas e, obviamente, do fato de Blaze Bayley não ter nem a performance vocal nem a performance de palco que Bruce Dickinson possuía.

Se esforçando ou não, Blaze errava letras de canções clássicas ao vivo, o que era imperdoável, pois eram frases inteiras erradas, às vezes. Além de ficar a maior parte do tempo parado na mesma parte do palco – isso, pessoalmente, é o que mais me irrita, porque a apresentação em si perde muita energia – e também agitar a galera sem falar ao microfone, como se ali tivesse um público de barzinho que ele estava acostumado a tocar.

Eu li em uma entrevista que os engenheiros de som do Maiden só davam ao Blaze o retorno do baixo e ele só sabia se guiar pelas guitarras; assim, ele ficava parado para conseguir ouvir as guitarras dos demais retornos, ficando no meio deles. Mas eu tenho lá minhas dúvidas …

O famoso episódio da cusparada

No show em Santiago (Chile), um fã resolveu tomar iniciativa própria para avisar que Blaze não era o cara apropriado para o posto, cuspindo no vocalista. O episódio ocorreu ao final do show, em The Trooper (o som tá um pouco fora de sincronia):

E aqui está o show completo em Santiago. Você pode notar que já após a primeira música (Man On The Edge), Blaze dá uma bronca na galera que estava jogando coisas nele. A turma chilena veio focada na missão:

O single Virus e a coletânea Best Of The Beast

Lançado em 02 de Setembro de 1996, após o lançamento de The X-Factor e quase ao término da turnê X-Factour, surgiu um novo single, com três capas diferentes, cada uma com um set diferente (vou chamar de Parte I, II e III, para ter uma referência fácil).

Eu não sei o porquê de tanta quebra de versões diferentes de um mesmo single – talvez tenha sido uma jogada de Marketing devido à entrada de um novo vocalista ou uma maneira de chupinhar mais dinheiro (ou os dois), mas aqui o pessoal do Maiden extrapolou: Virus, que é um pouco longa, tem uma versão EDITADA em um dos singles, com a parte inicial cortada. Qual é a graça de se comprar um single para ter um desses horríveis radio edit, só com um pedaço da música?

Vamos ao que cada versão continha:

  1. Virus: devo dizer que é uma das minhas canções preferidas com o Blaze. Essa música foi criada para a coletânea Best Of The Beast e fala a respeito da mídia jornalística que criticou a banda pelas costas enquanto falava bem do Iron Maiden perto deles. Na parte I existe a versão editada e nas Partes II e III ela está completa.
  2. My Generation: aparece na parte I, é a mesma faixa que está no single Lord Of The Flies.
  3. Doctor Doctor: aparece na parte I, é a mesma faixa que está no single Lord Of The Flies.
  4. Sanctuary: aparece na parte II, é a mesma faixa que está no Metal for Muthas.
  5. Wrathchild: aparece na parte II, é a mesma faixa que está no Metal for Muthas.
  6. Prowler: aparece na parte III, lançada só em LP, essa é a mesma versão que está no The Soundhouse Tapes.
  7. Invasion: aparece na parte III, lançada só em LP, essa é a mesma versão que está no The Soundhouse Tapes.
Virus

Virus: da esquerda para direita, as capas do que chamei de Parte I, Parte II e Parte III.

Com relação às capas, a Parte I trouxe pela primeira vez um Eddie com aparência mais humana, com cabelo e rosto mais próximo da nossa raça. Essa capa foi praticamente uma adaptação copiada de uma ilustração feita por Hugh Syme (que outras bandas já se aproveitaram, como o Nevermore). No caso do Maiden, houve uma brincadeira com o termo “vírus”, pois foi como se o Eddie fosse o vírus que invadiu a ilustração original, ficando no lugar da criança. Dá uma sacada:

Single Iron Maiden Virus

A ilustração original à esquerda e as “adaptações” no single de Virus e na capa do This Godless Endeavour, um sensacional álbum do Nevermore

A capa da Parte II é horrível – quiseram fazer um vírus de laboratório e ficou parecendo que quebraram um ovo na capa, trocando a gema pelo rosto de Eddie. Já a capa da Parte III é uma ilustração que lembra as capas dos singles do Seventh Son Of A Seventh Son, mas com o fundo sendo um chip de computador. É a capa mais legal e é bem mais a cara da banda deixar o Eddie como ilustração (saudades do Derek Riggs).

E em 23 de Setembro de 1996 a banda lança, pela primeira vez, uma coletânea de respeito. Intitulada Best Of The Best, a coletânea trouxe músicas desde o The Soundhouse Tapes até o The X-Factor, contendo inclusive o novo single, Virus.

Acompanhada de um booklet sensacional, com fotos, letras, turnês, é um prato cheio para qualquer pessoa, do fã ao não fã do Iron Maiden. Fizeram mais tarde um “compilado do compilado”, que saiu só em CD, que é totalmente dispensável.

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Best Of The Beast – A versão em CD Duplo que trazia o booklet. A versão em LP continha outras faixas do The Soundhouse Tapes que não foram incluídas na versão em CD.

Best of the Beast Ed Dupla

As canções que faziam parte da coletânea Best Of The Beast. Com certeza faltou alguma música do seu agrado, mas se fosse assim precisaríamos de um terceiro (e talvez um quarto) CD…

Setlist tocado na X-Factour

  1. Man On The Edge
  2. Wrathchild
  3. Heaven Can Wait
  4. Lord Of The Flies
  5. Fortunes Of War
  6. Blood On The World’s Hands
  7. Afraid To Shoot Strangers
  8. The Evil That Men Do
  9. The Aftermath
  10. Sign Of The Cross
  11. 2 Minutes To Midnight
  12. The Edge Of Darkness
  13. Fear Of The Dark
  14. The Clairvoyant
  15. Iron Maiden
  16. The Number Of The Beast
  17. Hallowed Be Thy Name
  18. The Trooper
  19. Running Free

No próximo capítulo você vai entender, de uma vez por todas, que sempre dá para piorar!

Até mais! Beijo nas crianças!

Kelsei Biral

 



Categorias:Angra, Blaze Bayley, Curiosidades, Discografias, Entrevistas, Iron Maiden, Músicas, Resenhas

12 respostas

  1. Excelente. Vou ler assim que possível. Dei uma verificada por cima e consegui já aprender muita coisa.
    O que mais me agrada é o aspecto da opinião do Kelsei que nos direciona pra ver as coisas de forma a entendermos o que ocorre

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  2. Opa, que legal mais uma parte da discografia do Maiden!!! Em plena segunda-feira, acabamos sendo “obrigados” a abrir uma cerveja… que dureza.
    Voltando no tempo e me lembrando da época anterior ao The X Factor, me lembro de todas as especulações sobre o novo vocalista, desde Michael Kiske ate a volta do Paul Di’anno pipocavam aqui e ali, mas pensando bem hoje em dia, quanta ingenuidade!!! Na época até ouvi falar do excelente vocalista Steve Grimmett, ele estava no Lionsheart, mas não acreditei que ele poderia ser um dos cotados, pois segue mais a linha David Coverdale de cantar.
    Quanto a mim, assim que foi anunciado o nome do novo vocalista, sai como “doido” atrás de qualquer coisa do Wolfsbane, queria conhecer o tal de Blaze Bayley, pois já tinha lido ótimas resenhas sobre seus discos e shows abrindo para o Iron Maiden, mas se me lembro bem, comparavam o som do Wolfsbane a um Hard tipo Van Halen. Como foi difícil encontrar, com muito custo adquiri um cd usado do Wolfsbane chamado Massive Noise Injection gravado ao vivo no Marquee em Londres no início de 93. Ansioso coloquei o dito cujo pra rolar e qual não foi a minha surpresa ao escutar uma música bem suja e crua, com influências até de Punk Rock. O vocalista? O vocalista servia bem para aquele tipo de som, mas será que caberia em um Iron Maiden? Bom, tentando me enganar, pensei: Disco ao vivo é assim mesmo, é difícil ter alguma certeza, quem sabe o problema seja isso. Mas hoje, vejo que algumas coisas do que ouvíamos nas melodias vocais desse Live caberiam tranquilamente no The X Factor.
    Antes de me adiantar, gostaria de dizer que gosto muito, mas muito mesmo do The X Factor, particularmente acho este disco bem melhor que alguns outros gravados pelo próprio Bruce Dickinson. Ouvindo hoje, ate nos acostumamos com o vocal, mas na época foi difícil de engolir, penso que o problema desse disco foi mesmo o tal de Blaze Bayley, comparando seria como aquele jogador de futebol que sempre jogou em time pequeno e que por uma sorte do destino foi contratado pelo Barcelona, ai a camisa pesou! Porem atualmente acho que foi mesmo uma escolha errada do dono da banda. Se me permitirem sonhar, o “sombrio” The X Factor se adaptaria perfeitamente a um vocalista chamado Ronnie James Dio que coincidentemente também tinha saído do Black Sabbath na mesma época e despejaria toda a sua frustração no Strange Highways.
    Mas voltando a realidade, penso que Doogie White seria uma escolha mais acertada, porem acho que o Rainbow lhe caberia ainda melhor que o Maiden. Por falar nisso, conheço inúmeros projetos com esse vocalista, seguramente uns 10, mas não sabia que foi ele quem substituiu o Andi Deris no Pink Cream 69, ate fico curioso em saber como soaria esse grupo com ele nos vocais.
    Outra coisa que não fazia a mínima ideia e que me deixou bastante p*to foi o tal single do Virus, eu achava que a única variante entre eles era a capa, eu tenho só a parte 2, o pior é que eu vi as outras versões pra vender e nem pensei em comprar.
    Bom, para terminar gostaria de agradecer mais uma vez ao Kelsei pelos bons momentos de distração lendo o post e ouvindo o disco, mas principalmente dizer que a discografia do Iron Maiden não poderia estar em melhores mãos, tudo está magnifico!!!
    Kelsei, meus parabéns!!! Somos todos privilegiados! Um abraço.

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  3. Novamente um espetáculo de post, trazendo uma sucessão de momentos mais difíceis que a banda estava passando, é até incrível perceber como um grupo pode ir do mais alto patamar para tanta dificuldade e tão pouco tempo. E isso aconteceu na história musical muitas vezes, realmente é uma linha muito tênue.
    Aprendi bastante aqui, nunca soube muito bem como foi essa transição, da audição dos tais 12 ( será ?) candidatos e da escolha bastante infeliz, diga-se de passagem, uma vez que pelo menos o Doogie seria muito melhor para todo mundo, menos para o Blaze, é claro. Eu coloco em dúvida a posição sendo ocupada pelo André Matos, pois além do vocal ( o dele eu não discuto em absoluto) tem a questão de se manter com perfomance fazendo muitos e muitos shows. Sempre achei a voz de André espetacular, mas não sei se aguentaria, me parece uma voz mais frágil.

    Em relação ao conteúdo, não acho o disco essa cocada toda que muitos dizem, mas é melhor que os dois anteriores, muito claro pra mim isso. Se tivesse um bom vocalista ( eu não estou dizendo que Blaze não faz um bom trabalho em suas outras carreiras), seria facilmente elencado entre os bons trabalhos da banda. O problema é o Blaze…Dificil ouvir coisas como aquela frase antes da ” volta ” em The Edge of Darkness.. Kelsei, você até tem razão em colocar a culpa no Steve, mas quem canta? Não dá pra deixar todo o demérito na conta do patrão….. Em relação ao clima sombrio, sem dúvida diferente, mas eu gosto, não há qualquer problema nisso pra mim.

    Seguem agora os prós e os contras nas opiniões muito pessoais minhas, lá vamos nóis!!

    Pra mim entre as melhores canções estão justamente Blood On the World’s Hands e Unbeliever, que você não curte, incrível isso, quando li post nem acreditei. Vou tentar justificar: a primeira, pela harmonia de guitarras, bom refrão, bom riff e uma até legal intro de baixo. A segunda justamente por não ter relação com que o Maiden sempre fez, uma faixa diferente, bom uso dos violões no refrão( que também foram bem usados em Prodigal Son e seriam bastante utilizados em Journeyman, mas isso é pra frente ) e uma parte quebrada nas estrofes , que considero bem inventiva esaindo do óbvio e a fórmula Maiden de ser.

    As outras faixas que gosto no trabalho são mais esperadas: o single Man on The Edge, que é ok, melhor que alguns do gênero na carreira da banda, pior que outros, sem dúvida; A fantástica abertura, The Sign of the Cross, indiscutivelmente a melhor música do disco, onde as guitarras limpas são muito bem colocadas mesmo nas partes mais pesadas. Não há tantos exemplos na carreira da banda desse uso, acho perfeito.

    Tentei salvar 2 AM, que tem uma boa melodia, boas dobras, até gosto do refrão ,mas o Blaze não deixou já na primeira frase que canta. Essa eu deixaria num meio termo, fosse outro vocalista. Concordo que o solo de Gers remete ao de Wasting Love, é fraco tecnicamente , mas pelo menos não é uma barulheira sem nexo. Outra que fica no meio termo é Lord of the Flies, razoável single. Não compromete..

    Assim, o disco até passa na média, mas se tivesse um vocalista mediano que fosse…..

    Em compensação , onde percebe-se os deslizes de Blaze ( em estúdio, valha-me Deus….) a coisa complica e aqui temos de pensar que a comparação é com um dos melhores vocalistas de todos os tempos…. Look for The Truth e a citada frase em seu texto “Here is the dream that makes monsters of men” é talvez o melhor exemplo, coisa horrorosa.. constrangedor mesmo… E o oh, oh, oh na sequência fecha a música com “chave de ouro” . Ta aí talvez a pior do álbum.

    Outro problema é o citado esquema de dedilhado, estrofe , refrão repetitivo, dedilhado de novo, refrão repetitivo de novo, a tal fórmula que aqui aparece como nunca e não faz bem para a donzela. E aí vão Fortunes of War, The Edge of Darkness ( apesar de uma boa dobra de guitarras entre os solos), Judgment of Heaven ( não vejo nada de bom nessa música, além do vocal horroroso com aquela tentativa patética de buscar uma nota mais alta no meio e no fim), The Aftermath ( apesar de um até solo acima da média do Gers, concordo – não escrevi bom….bom é outra coisa).

    Em relação ao desempenho individual de cada músico, salvo Dave, melhor que nos dois álbuns anteriores. Os demais tem pouco brilho ( Nicko e mesmo Steve) , fraco desempenho ( Gers, como sempre) ou lamentável ( você sabe quem…..)

    Um parágrafo à parte para elogiar o capítulo e a discografia que está ficando espetacular. Que maravilha!

    ” Herrar é umano! “….. Kelsei, perfeito….. mas pior é insistir no erro, certo ?? Boa sorte no próximo capítulo….

    Alexandre

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    • B-side, você acertou a minha “frasinha” de início do próximo post hahahaha. Eu tinha essa frasinha pronta desde quando estava escrevendo o capítulo do Killers na minha cabeça.

      Com relação aos 12 vocalistas, eu não quis colocar o link direto para a Rolling Stone, mas já vi outros locais que mencionam esse número (talvez tiraram todos da mesma fonte, e talvez a fonte seja a própria Rolling Stone).

      Quanto à “qualidade” do vocal de Blaze, não é que eu quis deixar todo o demérito com o Steve, mas o que quis deixar claro foi que a culpa maior não é do Blaze. Todo mundo gosta de apontar o dedo pro cara (e pelo que ele faz ao vivo eu não tiro essa razão), mas Steve, Rod e todos os demais integrantes da Donzela deveriam ter dado a cara a tapa, pois eles tinham a maior responsabilidade na escolha do vocalista. Sendo o Blaze ou outro, acho que o desfecho seria o mesmo (talvez não da forma que foi, mas com certeza teríamos o mesmo fim), pois Bruce estabelecu não só um legado, mas um braço muito forte em termos de composição e de presença de palco, que ele domina.

      Interessante você gostar das músicas que eu não gosto. Blood on the World’s Hands e The Unbeliever nunca desceram para mim, desde a primeira audição. Eu acabo colocando a minha opinião na resenha para que o leitor sempre tenha uma “base comparativa” e expresse seus próprios gostos (e isso deu certo até agora).

      E boa sorte mesmo para o próximo capítulo …

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      • Desculpa estragar a frase que aponta para a próxima parte da discografia, veio automaticamente…
        Em relação ao gosto pessoal, é muito legal que você coloque sim suas impressões mais pessoais, assim eu andei fazendo quando participei de outras resenhas de albuns ou bandas.
        E é muito natural as divergências ou concordâncias.
        Em relação a Blood on the World’s Hands, eu lembro que ela foi tocada na tour, lembro de ouvir ao vivo. Ou seja, o próprio Maiden entendia a música como palatável para shows e com certo destaque no álbum. Já Unbeliever é um B side daqueles, cai como uma luva para justificar o meu apelido.

        Até a próxima tortura

        Alexandre

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  4. Bom, que fase! Depois de um disco horrível, a saída do melhor vocalista da banda, que ajudou a moldar o som definitivo do Iron Maiden, e a escolha catastrófica de Blaze. Vamos deixar claro aqui: Quem escolheu o cara para a banda foi o dono da banda Steve Harris, então se é para achar um culpado…. Agora independente da escolha do dono da banda, Blaze está fora de tudo que representaria performance para um bom disco e principalmente posição vocal no Iron Maiden. Blaze não tem extensão vocal, não se acha nos tons das novas músicas e principalmente, não consegue cantar as musicas da fase Dickinson, o que para tour representou mais da tal catástrofe dita aqui. Quanto ao disco, olha se o Iron na tal trinca mágica se apoiava numa trinca mágica de composição (Dickinson, Smith e Harris), aqui é Steve Harris destruido pessoalmente e Gers e Bailey. Gers nunca foi grande compositor e Bailey parece que também não, já mostrando de cara neste. O disco é sombrio, com um vocal grave e limitado, sem inspiração de composição melódicas, além de também não ter destaques nas guitarras de Murray (Gers nem se fala) ou na bateria de Nicko (com uma caixa esquista para um disco do Iron). Então vamos primeiro as horrorosas: Look For The Truth (isso é vergonhoso), The Aftermath (que musica lerda, e que vocal de doer, desafinado), Judgment Of Heaven (tem um yeah yeah horrivel no meio), Bem ruins: Lord of Flies, Fortunes Of War, Blood On The worlds hands tem bons momentos instrumentais, mas cai na linha fado metal (junto com a Horrorosa The Edge of Darkness, que tem aqueles momentos cliches total – tipo FOTD) e o vocal cantando a melodia obvia.
    as que se salvam: Man on the edge, 2. A.M (apesar de mais um clichê, vamos dar uma força), The Unbeliever (apesar do Blaze tentar estragar) e principalmente e disparado Sign Of The Cross onde o vocal não incomoda, mas com Bruce vira uma grande música.
    Então mesmo com pontos até superiores ao FOTD (Sign Of The Cross), continuamos caindo na discografia, um disco mais longo e mais limitado, porém o fundo do poço ainda não chegou….
    Excelente Resenha, as usual e vamos para o futebolístico desastre de 98.

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  5. [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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