Iron Maiden – Discografia Comentada
Episódio 04: 1982 – The Number Of The Beast
“Quando você bate o carro, precisa pagar a conta. Não importa o valor.”
No capítulo anterior (que você poder ler aqui), acompanhamos o Iron Maiden com seu segundo álbum de estúdio, Killers, duramente criticado pela imprensa após seu lançamento. Durante sua turnê, ainda em 1981, a banda enfrentou novos (e outros velhos) problemas com seu vocalista, Paul Di’Anno, que acabou dispensado. Um novo frontman tinha que ser encontrado.
Enquanto isso, no Samson…
Uma outra banda que estava com holofotes para si durante a fase mais fértil da chamada New Wave of British Heavy Metal era o Samson – que levava o sobrenome de seu fundador e líder, o guitarrista Paul Samson.
Iron Maiden e Samson partilharam de músicos em suas histórias. Desde 1978, o baterista do Samson era Barry Graham (também conhecido pelo apelido de Thudersticks), que foi baterista do Maiden em 1977 (relembre o Episódio 01). Quando entrou no Samson, Graham substituiu Clive Burr, que viria a tocar com a Donzela no fim de 1979.
Em junho de 1979, um rapaz chamado Paul Bruce Dickinson entrava para o posto de vocalista do Samson. Foram pouco mais de dois anos no posto de frontman, sendo lá conhecido por Bruce Bruce. Esse nome veio devido à uma situação semelhante a um episódio dos comediantes britânicos do Monty Python, onde quatro australianos chamados Bruce recebem a visita de um professor chamado Micheal – o que trás um pouco de confusão ao grupo, fazendo com que um dos Bruces sugira que ele então seja chamado de “Bruce”.
Tanto Dickinson quanto Samson tem Paul como seus primeiros nomes. Quando alguém chamou por Paul Samson com aquele típico “Hey Paul”, Dickinson retrucou “O quê?” e aí responderam “Você não! Você não é Paul, é Bruce. Isso vai dar confusão, melhor chamarmos você de Bruce, ok Bruce Bruce?!”. Todos riram e o apelido foi criado. Sacaram a piada?
Todos os ingleses assistem Mont Python. O apelido Bruce Bruce veio por causa desse episódio aí.
O primeiro contato de Bruce Dickinson com o Iron Maiden foi no lendário show onde as duas bandas, somadas ao Angel Witch, tocaram no Music Machine, em Camden, e a revista Sounds acabou por publicar uma resenha com o termo “New Wave of British Heavy Metal”, dando início à popularização do termo. Bruce se identificou com o som do Maiden, dado seu grande fanatismo pelo Deep Purple e a influência do estilo.
Bruce gravou dois álbuns com o Samson: Head On (1980) e Shock Tatics (1981). Após o lançamento deste último, ele tomou a decisão que não ficaria mais na banda, devido alguns pontos:
- O fato de que a gravadora RCA, após assumir o lançamento de Shock Tatics, deixou o grupo encostado, pois o Heavy Metal não era uma prioridade da empresa;
- O pessoal da banda vivia chapado, com uso de baseados um atrás do outro (o que, segundo Bruce, dava espaço para Paul Sansom fazer muita besteira na administração da banda);
- As diferenças musicais entre Paul Samson e Bruce Dickinson. O primeiro queria fazer músicas na linha de ZZ Top, enquanto que o segundo queria uma vertente mais Deep Purple.

O baixinho Bruce Bruce (à esquerda) junto de sua banda, Samson, que também contava com Barry Gharam (de máscara), que tocou bateria em umas das formações iniciais do Iron Maiden.
E enquanto isso, no Iron Maiden…
Ainda era 1981. Steve Harris, precavido que era, sempre acompanhava o trabalho de vocalistas de outras banda, pois ele sentia que as mancadas que Paul Di’Anno dava com a banda um dia poderiam trazer medidas mais severas.
Havia uma lista de possíveis integrantes para o posto de vocalista. Após um teste com Terry Slesser (vocalista da banda Beckett), que não deu muito certo, Steve resolveu que era hora de convidar Bruce para uma tentativa, mesmo ele estando ainda no Samson.

Reading Rock Festival – 29 de agosto de 1981 seria o último show de Bruce Dickinson pelo Samson
Rod Smallwood era contra Bruce no time, porque ele tinha guardado rancor de Paul Samson quando os membros do Maiden foram zuados durante um festival onde as duas bandas dividiram o palco. Mesmo assim, aceitou ir junto de Steve Harris para o Reading Festival, onde o Samson tocara, em 29 de agosto de 1981, para conversar com Bruce.
A audição foi feita no dia seguinte ao convite, em duas etapas: uma performance de algumas músicas com a banda (Prowler, Running Free, Sanctuary e Murders in the Rue Morgue, segundo relatos da biografia oficial) e depois uma gravação no estúdio onde estavam para ver como a voz de Bruce soava (e que, de acordo com o vídeo abaixo, o áudio é parte daquele dia).
Após a audição, todos os membros do Iron Maiden se viram a favor de Bruce Dickinson como vocalista, mas as rejeições de Rod Smallwood continuaram, que cedeu depois de certa pressão e também pelo comprometimento que o nome Bruce Bruce estaria totalmente descartado no Iron Maiden. A oficialização de Bruce Dickinson como vocalista se deu em 26 de setembro de 1981.

Set/1981 – Dez/1982: visualizando a espinha dorsal do Iron Maiden e suas ramificações. Aos curiosos: viram qual era o guitarrista que se juntaria a Paul Di’Anno em 1985?
Cerca de um mês depois de sua contratação, a banda fez seus primeiros shows com seu novo vocalista. No final de outubro, a Donzela passou por uma rápida turnê na Itália, para shows nas cidades de Bolonha, Roma, Florência, Udine e Milão. O “esquenta” permitiu que em 15 de novembro a banda se apresentasse em sua própria casa, no já conhecido Rainbow, para seus fãs britânicos (muitos deles indignados, que pediam para que trouxessem Paul Di’Anno de volta à banda – mas que ao final da apresentação já não estavam tão indignados assim).
O primeiro show do Iron Maiden com Bruce Dickinson – Bolonha, Itália, 26 de outubro de 1981
Singles de The Number Of The Beast
Run To The Hills
Lançado em 12 de fevereiro de 1982, o single foi mais do que necessário para a promoção do novo álbum, visto que algumas músicas de The Number já eram tocadas no final da turnê de Killers. Com belíssima capa feita por Derek Riggs, a estratégia de marketing da banda deu certo.
O single possui a música Run To The Hills em seu lado A e Total Eclipse em seu lado B, ambas exatamente sendo as versões conhecidas de estúdio (lembrando que a segunda faixa não fez parte do tracklist original, mas foi inserida na remasterização de 1998, sem tirar nem pôr).
O single e a localização do símbolo de Derek Riggs
Mesmo sendo um single muito bem recebido, Steve Harris sempre considerou um “erro” ter considerado Total Eclipse como lado B. O tracklist original poderia ter ficado sem Gangland…
The Number Of The Beast
Lançado em 26 de abril de 1982, fazia a promoção da canção homônima ao álbum que criaria todo um marketing de “adoradores do demônio” em cima da banda. A capa mostra o resultado final da batalha apresentada no capa do primeiro single, Run To The Hills, com o demônio decaptado por Eddie.
O single e a localização do símbolo de Derek Riggs
O single possui duas faixas:
- The Number Of The Beast: mesma faixa da versão de estúdio;
- Remember Tomorrow (live): essa versão ao vivo já na voz de Bruce Dickinson gera um bafafa danado sobre sua real origem. Em todos os meios oficiais divulgados (Listening with Nicko, no livrinho escrito por Rod Smallwood que acompanha a coletânea Best of the B-Sides, em entrevistas, etc.), essa versão foi gravada em uma das primeiras apresentações com Bruce na Itália. Já em muitos meios não oficiais, é explicitamente colocado que essa versão é exatamente a mesma versão do EP Maiden Japan, com a voz de Bruce sobreposta pela de Paul Di’Anno (diz-se que na versão original desse single, inclusive, é possível ouvir o “Thank you” final na voz de Di’Anno). Eu particularmente nunca tive em mãos a versão original do single e do EP para tirar essa dúvida e os materiais na internet não são tão fiéis quanto na teoria. Se você tiver algo interessante sobre o tema, não deixe de comentar.
“The Number Of The Beast” (1982)
Coisas que ninguém presta atenção Ficha Técnica:
- Produtor: Martin Birch
- Engenheiro de som: Martin Birch e Nigel Hewitt
- Capa: Derek Riggs
- Gravado e Mixado nos estúdios Battery, em Londres
- Fotos para o álbum: Simon Fowler

O lineup de The Number Of The Beast – Esq. para dir.: Steve Harris (baixo), Clive Burr (bateria), Bruce Dickinson (vocal), Dave Murray (guitarra) e Adrian Smith (guitarra)
The Number Of The Beast foi lançado na Inglaterra em 22 de março de 1982, contendo oito faixas. Todas as análises aqui feitas seguirão a versão original do álbum. Isso porque o álbum foi remasterizado em 1998 em com o lado B Total Eclipse incorporado na oitava posição.
Para literalmente mudar o curso da história da música, não basta apenas uma revolução auditiva, mas também é necessário atingir muitos outros aspectos, começando pela capa. The Number contém uma dessas capas: um Eddie que controla o demônio como se fosse um fantoche, que por sua vez está controlando um Eddie menor – você não sabe quem realmente é o cara mal da história. O fundo azul, mundialmente conhecido, foi um erro de impressão, sendo corrigido somente na edição remasterizada de 1998, seguindo à arte original de Derek Riggs, com fundo preto.
A capa e a contra capa de The Number Of The Beast e a localização do símbolo de Derek Riggs
Tracklist
- Invaders (Harris) – 3:22
- Children Of The Damned (Harris) – 4:33
- The Prisoner (Harris / Smith) – 6:00
- 22 Acacia Avenue (Harris / Smith) – 6:34
- The Number Of The Beast (Harris) – 4:49
- Run To The Hills (Harris) – 3:50
- Gangland (Burr / Smith) – 3:47
- Hallowed Be Thy Name (Harris) – 7:10
Devido pendências contratuais com o Samson, Bruce Dickinson estava impedido de contribuir com composições para The Number Of The Beast. Seu nome, portanto, fica registrado como “contribuição moral” (como ele mesmo diz) nas faixas Children Of The Damned, The Prisoner (há um relato que a introdução da bateria foi criada pelo próprio Bruce) e Run To The Hills.
Faixa a faixa
Existe um lance na psicologia que explica como seu cérebro guarda fatos quando algo muito importante acontece nas nossas vidas. Por exemplo: todo mundo lembra onde estava e o que fazia ao saber do atentado terrorista às torres gêmeas em 11 de setembro de 2001. Pois bem: eu lembro exatamente quando apertei o play pela primeira vez nesse álbum e a primeira faixa, Invaders, iniciou. Como diz o pessoal aqui do blog: Mão no peito!
Com uma introdução hipnotizadora, a primeira faixa do álbum relata como o povo Saxão (que na época habilitava a região da Inglaterra), simbolizado metaforicamente na música por um vilarejo, necessita se defender de uma invasão Viking (o povo Nórdico). As letras seguem uma progressão que se inicia com os barcos sendo vistos ao longe, as defesas se armando para a batalha e um banho de sangue ao final, com a vitória do povo nórdico (excerto da letra: The Saxons have been overpowered victims of the mighty Norsemen).
A segunda faixa é inspirada em um filme inglês de 1964, de nome homônimo, Children Of The Damned (em português, A Estirpe dos Malditos). A canção tem referências diretas com a história do filme, que conta como seis crianças com poderes telepáticos são estudadas pelo Governo para analisarem se são realmente seres humanos ou extraterrestres, mas que fogem e acabam refugiadas em uma Igreja, que no final é bombardeada acidentalmente. Tem muita fonte por aí que cita o filme Village of the Damned (em português, A Aldeia dos Amaldiçoados), de 1960, como referência à canção, mas não tem nada a ver – um é sequência cinematográfica do outro e só.
Para iniciar a terceira faixa, em meio à ansiosidade e ao nervosismo, Rod Smallwood ligava para o ator inglês Patrick McGoohan, para pedir autorização que sua voz fosse usada na introdução. “Qual é mesmo o nome da banda? Isso é rock né?! Ok, pode fazer!”. E assim, The Prisoner, baseada no seriado inglês de 1967 que era protagonizada pelo ator, abre com um excerto do diálogo utilizado na introdução dos episódios da série. Questionado (e zuado) pela banda sobre o nervosismo após a ligação, Rod soltou um “Put@ merd@, uma coisa é falar com vocês, merdinh@s do rock, outra é falar com um ator de verdade”.
A história da série é sobre um agente secreto que é levado para uma Vila, que acaba sendo revelada como uma prisão. Nomeado como “Número 6” (na vila não existem nomes, só números), ele precisa fugir e descobrir a verdade. A série completa tem 17 episódios e, pelo menos para mim, é muito cult – se você conseguir assistir, compartilhe conosco mais alguma curiosidade!
A introdução da série inglesa The Prisoner
Em um dos episódios da série, o agente secreto tenta escapar, mas descobre que a fuga, que pareceu ser com sucesso, só o fez retornar para a mesma vila onde ele já estava. Isso originou outra música do Maiden, de outro álbum (ainda chegaremos nele). Ficou fácil, né?
E continuando a saga da ilustre profissional Charlotte, temos 22 Acacia Avenue na quarta faixa. Apresentada no primeiro álbum, com a canção Charlotte The Harlot, agora a música descreve o local que ela trabalha e tudo aquilo que você pode fazer com ela caso tenha 50 mangos contigo. Não adianta querer ir até a Inglaterra para tirar uma foto sobre o número 22 da Avenida Acácia, porque esse endereço não existe – Acacia Avenue (ou Acacia Road) é uma expressão clichê da cultura britânica, usado para descrever uma rua suburbana – tem dezenas the Acacias por lá.

22 Acacia Avenue: You will find, it’s warm inside, the red light’s burning bright tonight
A quarta faixa, inclusive, nasceu na banda Urchin, do guitarrista Adrian Smith, antes de entrar no Maiden. Steve Harris estava em um show da banda (sem nem sequer existir esse lance de Adrian entrar para a banda – foi a mais pura coincidência) e, durante os trabalhos para o The Number Of The Beast, Steve foi até Adrian e perguntou, como era mesmo aquela música, com o “tal do 22”. A música se chamava Countdown e mudou infinitas vezes até virar o que hoje é.
A quinta faixa, homônima ao álbum, The Number Of The Beast, já foi interpretada erroneamente inúmeras vezes, principalmente nos Estados Unidos. Não tem nada a ver com adoração ao demônio, satanismo e essa papagaiada toda. A canção vem de um pesadelo que Steve Harris teve, somado por pitadas de influência de um poema: Tam O’Shanter, do escritor Robert Burns (se você tiver curiosidade em lê-lo, clique aqui), muito estudado nas escolas londrinas. Mas dado o fato de que algumas passagens bíblicas iniciam a música (e somando-se a capa do álbum); pronto, temos uma banda satanista! Os versos que deram vida à introdução são [NOTA POR EDUARDO: do Novo Testamento, do “Book of Relevation”]:
Revelations 12:12 – Rejoice then, O heaven and you that dwell therein! But woe to you, O earth and sea, for the devil has come down to you in great wrath, because he knows that his time is short!
Revelations 13:18 – This calls for wisdom: let him who has understanding reckon the number of the beast, for it is a human number, its number is six hundred and sixty-six.
O verso introdutório seria narrado pelo ator Vincent Price, muito famoso por filmes de terror e suspense, mas seu nome foi descartado após o alto cachê que o ator se recusou a baixar. Assim, Rod Smallwood contratou Barry Clayton, um dos pioneiros do radialismo inglês, que trabalhava na estação Capital 95.8, lendo estórias de terror.

Barry Clayton: a voz introdutória de The Number Of The Beast
As primeiras frases cantadas por Bruce também renderam em estúdio. Foram 4 horas (sim, horas!) de insistência de Martin Birch para que a entonação, vibração e tempo ficassem com a emotividade que ele gostaria. Aqui fica mais um “obrigado” ao Martin, mesmo com Bruce literalmente arremessando cadeiras pelo estúdio tamanho o desgaste com o cansaço da gravação.
O vídeo-clipe de The Number Of The Beast contém cenas de diversos filmes antigos de terror intercalados com a apresentação da banda (use o link mais abaixo do Youtube para referência dos tempos). Recordar é viver:
- How to make a monster: introduz o vídeo-clipe entre 0:00 até 0:24 e passagens pontuais em 0:41, 2:30, 2:38 e 4:32
- Nosferatu: passagem pontual em 0:35
- Godzilla: passagens pontuais em 0:49, 1:18, 1:25, 1:28, 2:01 e 3:23
- The Crimson Ghost (referência usada exaustivamente pelos Misfits – duvido você não conhecer): passagens pontuais em 1:11 e 2:40
- The Angry Red Planet: passagem pontual em 3:50
- War of the Colossal Beast: passagens pontuais em 3:21 e 3:23
Existe um outro personagem importante nesse vídeo-clipe, crucial na história do Iron Maiden. No final do post eu coloco a resposta. Já sabe quem é?
Na sexta faixa (ufa, chegamos na sexta faixa!), descrevendo as batalhas que existiram entre índios e homens, temos Run To The Hills, que se transformou em um dos singles mais populares da banda. Na primeira estrofe da letra, temos o lado desta guerra narrado pelo ponto de vista do povo indígena e, na segunda estrofe, temos o ponto de vista dos soldados. Engraçado que uma faixa antes, os Estados Unidos veio criticar a banda por apoiar causas satânicas, mas uma faixa depois ninguém foi crucificar os americanos pelo derramamento de sangue que quase dizimou a cultura indígena, né?
O vídeo-clipe da música contém muitos trechos do filme Uncovered Wagon, de 1923, do diretor James Parrott.
Na sétima colocação, sendo a única composição do baterista Clive Burr, temos Gangland, faixa mais fraca de todo o álbum, que inclusive já citamos o arrependimento de Steve Harris em não colocá-la como Lado B no single de Run To The Hills. Mesmo assim, um pedido de desculpas formal já foi feito para ela aqui no blog, que você pode ouvir aqui.
Fechando o álbum (e que hoje, acreditem vocês, em pleno 2017, está sob processo de plágio – deixemos o desenrolar dessa história para os comentários), temos uma faixa que é tocada todo santo show da banda desde seu lançamento (tirada agora na turnê de 2017, pelo processo de plágio que ainda se desenrola enquanto esse post é escrito – [NOTA POR EDUARDO: além de em algumas raríssimas oportunidades como na tour comemorativa ao Maiden England, entre 2012 e 2014, primeira vez efetivamente que a música ficou de fora de um set da banda “por opção”]): Hallowed Be Thy Name. A faixa descreve os últimos anseios e reflexões de um condenado à morte, enquanto ele é levado para a forca.
A capa da edição remasterizada (e corrigida com o fundo preto!) em 1998, que continha Total Eclipse no tracklist
E se por acaso você nuuunca tenha ouvido The Number Of The Beast, nunca é tarde:
A repercussão do álbum e o primeiro Eddie gigante
The Number Of The Beast literalmente levou a banda para um novo patamar. Muita propaganda da banda com relação ao mal entendido com satanismo acabou refletindo nas vendas (tem até aquela estória que Martin Birch bateu o carro durante as gravações do álbum e o conserto ficou em exatos US$ 666,00). O álbum alcançou a posição número 1 no Reino Unido e a turnê Beast on the Road teve mais de 180 apresentações ao redor do mundo, com um novo vídeo oficial sendo lançado durante a turnê.

Beast Over Hammersmith: com o aumento do cachê, Rod Smallwood investiu o dinheiro em uma nova filmagem oficial, agora no Hammersmith Odean, gravado em março de 1982
A banda foi crescendo de uma maneira tão significativa que os shows em lugares para grandes públicos, como em estádios, começaram a surgir. E foi aí que Rod Smallwood e Steve Harris começaram a introduzir conceitos de espetáculos. Era necessário fazer com que a plateia ao longe deixasse de ver apenas aqueles cinco pontos miniaturas em um palco. E uma das armas usadas para expandir o palco foi aumentando o tamanho de Eddie. Nascia ali um ícone, um personagem mundialmente conhecido e que se tornou muito mais do que somente uma forma de se ganhar dinheiro. Eddie se tornaria a Marca (com “M” maiúsculo) da banda.

Ritchie Blackmore visita o primeiro Eddie gigante da Donzela
Muitas outras bandas e empresas (até fora do ramo musical) já usaram o The Number Of The Beast para promoção de seus trabalhos, seja como meio de homenagem ou simplesmente para fins lucrativos. Além disso, foi desse álbum que se institucionalizou o termo “Beast” como referência à banda. Trabalhos do Iron Maiden levaram esse nome (a coletânea Best Of The Beast e o mais recente jogo Legacy Of The Beast são bons exemplos), assim como infinitas menções da mídia especializadas nos mais diversos meios de comunicação.
Referências ao The Number Of The Beast: o álbum “Bigger Than The Devil” da banda SOD, o bootleg que o Dream Theater lançou oficialmente tocando o The Number na íntegra e a camiseta da famosa marca Americana Diamond Supply Co.
Em 2001, o álbum The Number Of The Beast ganhou sua edição na famosa série Classic Albums, que já teve nomes como Judas Priest e Jimi Hendrix. O vídeo é um prato cheio para fãs da banda e para quem gosta de entender mais sobre o processo de criação e produção das músicas. No link abaixo está a lista dos vídeos compilados do DVD:
No próximo capítulo, comentaremos a saída de Clive Burr para a entrada de Nicko McBrain no posto das baquetas (levando o Iron Maiden a ter sua formação mais conhecida e respeitada mundialmente) e entraremos no ano de 1983.
Nicko McBrain já teria muita amizade com o pessoal do Iron Maiden devido às turnês com sua banda na época, o Trust. Falaremos disso com calma no próximo post, mas, como prometido, deixo aqui a resposta para o “outro personagem” do video-clipe de The Number Of The Beast: o diabo! É Nicko quem faz as vezes do chifrudinho nas filmagens do clipe!
Setlist tocado na turnê Beast On The Road
- The Ides Of March
- Murders In The Rue Morgue
- Wrathchild
- Run To The Hills
- Children Of The Damned
- The Number Of The Beast
- Another Life
- Killers
- 22 Acacia Avenue
- Total Eclipse
- Transylvania
- The Prisoner
- Hallowed Be Thy Name
- Phantom Of The Opera
- Iron Maiden
- Sanctuary
- Drifter
- Running Free
- Prowler
Até mais! Beijo nas crianças!
Kelsei Biral
Revisou: Eduardo.
Categorias:Artistas, Bootlegs, Curiosidades, Deep Purple, Discografias, Dream Theater, Entrevistas, Iron Maiden, Judas Priest, Letras, Músicas, Off-topic / Misc, Rainbow, Resenhas
Paul Bruce
Sensacional
A questão de onde estávamos quando ouvimos é verdade
The number me impressionado pelo timbre das guitarras, da nitidez dos solos e do virtuosismo de Murray e Smith
O impacto de Bruce pra mim não foi dos maiores. Nunca achei “Dianno” lá essas coisas
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Agora sim, o verdadeiro começo do Iron Maiden, Adorei conhecer mais detalhes sobre o TNOTB, disco mais famoso da donzela, mas que pra mim não é nem de longe o melhor de sua discografia. Pra mim a banda começou a fazer todo o sentido com a chegada de Bruce Dickinson (pra muitos o melhor vocalista do mundo) e o lançamento deste disco há 35 anos atrás. A verdade é que se não fosse este disco, o Iron Maiden não tinha estourado no mundo todo.
E aqui deixo um recado aos que querem se aprofundar na obra do Maiden: esqueçam os primeiros dois discos anteriores, comecem logo com este terceiro da banda, o primeiro com Bruce e o último com o finado Clive Burr (RIP), que vocês não irão se decepcionar. Aposto que após a primeira ouvida, vocês irão ouvir este por várias e várias vezes!
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Muito bom! Uma aula de história o Iron. Muitas informações e curiosidades que sempre tive mas nunca fui pesquisar estão aqui com detalhes. Uma das bandas que mais gosto, independente dos altos e baixos (que toda banda tem). Valeu mesmo Kelsei!!! Sei que essas pesquisas dão um trabalho danado!
O album é um dos que mais aprecio. Vamos aguardar o Piece of Mind com ansiedade! Parabéns!
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Estava ansioso por mais um capitulo dessa discografia, acredito que o Kelsei saiba o quanto, pois já o tinha questionado sobre isso.
Bom, quanto à qualidade não há mais oque comentar… eu imprimi o texto e coloquei-o dentro da capa do meu velho vinil do The Number, que já esta comigo a quase 33 anos, tamanha a quantidade e qualidade de informações !!! Um post como este acaba por complementar a obra-prima. Agora me ocorreu uma duvida, será que isso e’ uma forma de pirataria? Tenho a permissão do Kelsei e do Eduardo, para fazer isso? KKK…
A primeira coisa que gostaria de dizer e que já havia comentado em outro post do Maiden, foi quando li: “Existe um lance na psicologia que explica como seu cérebro guarda fatos quando algo muito importante acontece nas nossas vidas.” Realmente o grupo deve ser muito importante para mim. Pois tenho nitidamente em minha memoria cada vez que escutei pela primeira vez cada disco do Iron Maiden!!!
Então assim que li a parte sobre a arte gráfica do álbum, me levantei e peguei o LP na estante para reparar melhor nos detalhes da capa, quando virei e olhei na contracapa um arrepio percorreu a minha coluna e então experimentei um sentimento que me transportou imediatamente para uma tarde ensolarada do final de 1984, quando um moleque chegava ansioso na casa dos seus pais louco pra ouvir aquela preciosidade que carregava nas mãos!
Sei que existe muita coisa interessante para comentar, como o vídeo Monty Python, o setlist da turnê com material do the number, os singles, etc. Mas por hora gostaria apenas de dizer ao Kelsei “ Muito obrigado pelas velhas lembranças e sentimentos que o seu post me proporcionou.”
Um abraço.
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Que comentário emocionante… eu mal comentei no post ainda dado tudo que gostaria de falar, mas esse comentário é a essência disso tudo aqui existir. De verdade, é emocionante!
Creio que posso falar pelo Kelsei: se o J.P. imprimiu o post, além de autorizado, é talvez a hora de imprimir o comentário.
[ ] ‘ s,
Eduardo.
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JP, a minha idade é quase igual ao período que você tem o The Number … e você ficou emocionado com o post desse muleque aqui?! Humildade pouca é bobagem …
Eu é que tenho que agradecer a TODOS VOCÊS por ter sido aceito como parte do blog. A minha vida literalmente mudou depois disso! É um prazer imenso fazer parte dessa família …
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Bom, Kelsei, galera, confesso que para mim é muito difícil falar, escrever ou comentar sobre a temática Iron Maiden. Parece que quanto mais eu aprendo, mais difícil fica. Tem a ver, claro, com minha parca capacidade de síntese (um dos principais motivos de eu não ter me aventurado e iniciado a discografia da banda aqui, ficando nas mais que competentes mãos do Kelsei) e a do MetallicA estar do jeito que está – congelada.
Já não consegui comentar nos 2 primeiros (ainda), e já estamos no 666 com o Kelsei já preparando o Piece of Mind, meu predileto, no qual ficará ainda mais difícil comentar.
Estamos falando de um dos álbuns que redefine tudo. Temos que contextualizar mas ao mesmo tempo ver o quão relevante são os discos como o Number até hoje. Estamos falando de uma formação mágica ainda com o saudoso Clive na bateria e a chegada do Bruce Dickinson a um posto ao qual lhe pertence de forma incontestável.
Mais que isso, estamos falando de algo atemporal e revolucionário. O Number, o primeiro da trinca sagrada do Maiden e do heavy metal, é sim “sagrado”. “Sagrado” para a banda, para o heavy metal e também pela sua temática. “Sagrado” pois foi alvo de ignorantes religiosos que queimavam os discos em fogueiras, algo que mostra o quanto o disco mexeu com a sociedade, algo que se repetiu outras vezes, até mesmo com o Beatles, mas que de uma banda que começava a efetivamente ganhar o mundo, era algo raro. Tal “satanismo”, especialmente nos EUA, repetido também durante shows da The Beast On The Road, fez com que a banda ganhasse ainda mais fama que, direta ou indiretamente, acabou colocando um trilho praticamente único na história das bandas: ser reconhecida, ser famosa, ter shows sold out, e não estar no mainstream.
Uma capa emblemática, de inspiração poucas vezes vistas, de criatividade e de reflexão. Algo que é um ícone do heavy metal. Já em músicas… o Number tem a continuação de Charlott The Harlot. A música homônima é talvez uma das maiores introduções do heavy metal e da música, com riffs com a assinatura de Adrian como poucas vezes pode se repetir fora da trinca. O Number expandiu a banda em termos culturais com Run To The Hills, deixando talvez uma das marcas finais da carreira de Clive. Trouxe Children of the Dammed, que Dickinson confessou foi inspirada em Children of the Sea do Sabbath em seu agora extinto programa de rádio na BBC Radio 6 em programa que homenageou o (outro) baixinho de grande voz, Dio. E, pessoalmente, o Number trouxe o HINO DO HEAVY METAL: Hallowed Be Thy Name é, para mim, a melhor música de heavy metal DE TODOS OS TEMPOS. Em Hallowed, não falta nada, não há pontos fracos, não há como melhorar nada. Uma obra que traz Steve Harris a frente dos grandes compositores de todos os tempos, também. O tal processo, 35 anos depois? Ah, por favor…
O TNoTB trouxe a banda a outro patamar, “platinando-os” pela primeira nos EUA e rendendo # 1 em sua terra natal. Fez com quem Birch explorasse coisas que não poderiam ser exploradas com Di’Anno.
A tour levou a banda também a outros patamares, revelou um primeiro apelido – “The Beast” – ao grupo.
Kelsei, muito obrigado por resumir esse álbum com tanta capacidade por aqui. Aprender ou relembrar algo aqui será uma constante, assim como celebrar um “velho amigo” como é esse disco em nossas vidas.
Vamos ao Piece e me perdoem, mas comentar o Piece (e depois o Powerslave, que está 0,000000001% abaixo do Piece) serão missões quase impossíveis…
[ ] ‘ s,
Eduardo.
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Minha mãe adora o Piece of Mind, ela e eu mal podemos esperar pela história por trás deste álbum…
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Demorei demais pra voltar aqui, mas antes tarde que nunca….
Mais uma vez, outro post da discografia do Maiden que vai para o olimpo dos conteúdos deste blog. E mais uma vez, uma série de detalhes me acrescentaram depois desta e das outras leituras que fiz para comentar.
Eu não sabia, por exemplo, que Harris acha um erro Total Eclipse não estar no track listing oficial. E, é claro, ele e todos nós estamos certos em achar que a banda fez uma besteira sem tamanho em deixar a música de fora, erro corrigido na versão remaster. Aliás, a versão remaster também reparo o erro do fundo preto/azul, mas na minha opinião isso é menor que deixar a Total Eclipse de fora. Se for pra deixar alguma coisa de fora, sem dúvida também iria por Gangland, no máximo uma música de razoável para bom para ser um b-side de um dos compactos da banda.
A história do Bruce Bruce, do Bruce Dickinson, da má vontade do Rod, do Nicko no clip do Number, isso tudo eu já sabia. Mas as referências literárias, filmográficas são excelentes, quase não tinha conhecimento de nenhuma. É um grande ponto a favor deste post, que passa a ser obrigatório como item de pesquisa sempre que o assunto for o The Number of the Beast.
Outra coisa que eu não sabia era das restrições contratuais de Dickinson para aparecer como autor no álbum. Uma pena , seria justo que suas participações fossem registradas.
Em relação à minha opinião sobre o álbum, alguma coisa já bate com o que foi escrito no post e nos comentários, mas faço um reforço à impressão que o Rolf teve ao ouvir as guitarras do álbum, para mim também, na época ainda do lançamento do Piece of Mind, sem o Powerslave ter sido composto, considerei algo muito fora da curva, a velocidade, os timbres usados por Adrian e principalmente por Murray. Não conseguia ter algo para comparar, era o ” creme-de-lá-creme”.
Para dizer que não falei só de flores, acho que além de Gangland, Invaders não tem força para ser a faixa inicial do álbum, especialmente pelo refrão, que não me convence. Aliás, consta em um dos episódios do That Metal Show que o próprio Adrian Smith não soube dizer por que foi essa a faixa que escolheram para abrir o álbum. Mais do que isso, ele também concorda que a faixa não deveria ter sido esta.
E por fim, acho que esse álbum perde um pouco para os que o vão suceder não pelas linhas da bateria, mas pelo som que Clive tirava. É um som bem legal, mas perde pra mim para a sonoridade de Nicko. Esse , somado as duas faixas menos favoráveis do álbum, são o que o deixam num nível milimetricamente abaixo dos que vão se seguir por aqui.
Post fantástico, muito legal ter ouvido os detalhes da audição de Dickinson, que beleza estar tudo isso aqui compilado.
Agora, por favor, Piece !!!!
Alexandre
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Sobre o processo de Hallowed Be Thy Name, parece que chegaram a uma conclusão e, pela conclusão, dá para se entender que o advogado de Harris admitiu minimamente que foi mesmo mesmo plágio, aceitando, portanto, o pagamento de uma grana “x” (não exatamente confirmada) por parte de Harris e Murray.
Mais que a grana, que não deve ser um problema para o Iron Maiden e deve ser a solução para a vida do músico Brian Quinn, o que pesa aqui para mim é que realmente o que eu considero o maior clássico de toda a história do heavy metal tenha esse desfecho. Claro que no final não muda nada, mas que dá um gosto ruim, dá.
http://www.blabbermouth.net/news/iron-maiden-settles-lawsuit-over-hallowed-be-thy-name-songwriting-credits/
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Eduardo.
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O Beckett, cujo vocalista chegou a ser considerado para o posto que assumiria Bruce, ganhou o processo… aqui no Brasil, hoje está até na capa do UOL…
https://entretenimento.uol.com.br/noticias/redacao/2018/03/14/iron-maiden-admite-plagio-em-hit-e-vai-ter-pagar-uma-bolada-por-isso.htm
Comentário fora do tema principal: ainda bem que acharam o Bruce… esse vocalista, ainda que não ruim, provavelmente não levaria a banda a lugar algum…
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Eduardo.
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Parabéns, Brian Quinn, pelos 620 mil euros que ganhastes no processo.
Quando seu dinheiro acabar, espero que seu gênio artístico e seu ego consigam viver enquanto você vê o Iron Maiden continuar a escrever seu nome na história da música com letras maiúsculas.
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Eduardo.
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Sensacional entrada do segundo vocalista mais primeiro de todos os tempos. Bruce Bruce elevou a banda a um patamar nunca antes visto, e que ainda seguiria evoluindo a seguir.
O post traz toda a nostalgia da fase áurea da banda, que vim conhecer com o impecável disco de 83.Mas em 82 já não havia mais pedra sobre pedra e com a conquista de vez o posto de melhor de todas as bandas de rock do momento. O Ale menciona a importância de McBrain, eu tenho que concordar, mas digo que a bateria de Mr. Clive Burr esta emocionando em Number. Então fica dificil dizer que McBrain iria fazer algo melhor em 82, mas também da mesma forma, podemos projetar que seria sensacional tê-lo nas gravações originais de Hallowed Be Thy Name, sim o Hino definitivo da banda.
Falar da besteirada do tal plágio é realmente uma grande babaquice desnecessária, assim como o resultado rídiculo da tal petição.
Bom, vou deixar os outros atuais dois posts seguintes para amanha, nessa sequencia maravilhosa da discografia soberba de Mr. Kelsei.
Abraços
Até o melhor – até amanhã.
Remote
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Engraçado que Piece of Mind foi também o álbum que fez a minha mãe pela primeira vez dar atenção ao Iron Maiden, já que antes ela sempre tinha um preconceito muito forte com a banda.
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Eduardo.
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Eduardo.
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Salve!!
Ontem por acaso eu estava revendo o show do Hammersmith Odeon no YouTube. Pelo o que um fã decidiu reunir o show “inteiro” como uma colcha de retalhos. Infelizmente algumas músicas estão apenas com áudio, mas vale a pena (é lógico).
Valeu!
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Em uma coisa que normalmente não vemos de maneira tão frequente com o Iron Maiden – talvez mais com o Bruce e Nicko, seguidos pelo Adrian mesmo – temos o guitarrista tirando pó, teias de aranha e tudo mais de uma das músicas menos apreciadas do Number e, indo mais longe, uma das menos apreciadas dos “Golden Years” da banda: Gangland.
O vídeo faz a gente até gostar mais da música – realmente muito legal – Adrian conta o backstage da música com Clive, usa a guitarra original – ainda usada (https://minutohm.com/2015/04/21/serie-de-pesquisas-sobre-instrumentos-adrian-smith-escolha-sua-guitarra-preferida/), traz a curiosidade de inspirações – Clive com Cozy e Adrian com Gary Moore… e Adrian toca a música. Vídeo realmente muito legal e bom para fugir da temática de pescaria dele um pouco :-).
Agora é realmente torcer para que isso continue com outras músicas…
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Eduardo.
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Não exatamente uma novidade, mas vale sempre o registro.
BRUCE DICKINSON Picks IAN GILLAN As His ‘Rock God’: DEEP PURPLE’s ‘Speed King’ ‘Got Me Started’: https://www.blabbermouth.net/news/bruce-dickinson-picks-ian-gillan-as-his-rock-god-deep-purples-speed-king-got-me-started/
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Eduardo.
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Eduardo.
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Eduardo.
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Eduardo.
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ROB HALFORD On JUDAS PRIEST’s 1982 North American Tour With IRON MAIDEN: It Was ‘Remarkable’: https://blabbermouth.net/news/rob-halford-on-judas-priests-1982-north-american-tour-with-iron-maiden-it-was-remarkable
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Eduardo.
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Eduardo.
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