Feliz primeiros 50 anos, Iron Maiden!

Ainda em tempo no meio da ausência total dele na vida, quero aqui registrar apenas meus parabéns e um muito obrigado a essa banda que é uma das poucas “colas” ou “links” em estado absoluto que existem para unir pessoas e a paixão pelo heavy metal.

Celebremos a história dessa banda, que nos trouxe e segue nos trazendo muitas alegrias. Uma banda que nos entregou uma década de 1980 que beira a perfeição, do Soundhouse e do homônimo até o Seventh Son, praticamente é só gol de voleio e bicicleta. Uma banda que, curiosamente, atingiu seu auge comercial com o lançamento de duas músicas – Fear Of The Dark e Wasting Love, que concorriam com as grudentas do Black Album do MetallicA, do auge do Nirvana com Nevermind, com o Guns estourando nas paradas com os UYI 1 e 2, e tudo isso no meio do movimento grunge. Uma banda que praticamente “apagou” as luzes nos anos que seguiram pós-saída do Bruce, tocando (ou não) em lugares cada vez menores, com a crítica caindo a pau e com seu pior disco lançado – mas que, graças à banda não ter parado, eu pude vê-los pela primeira vez, naquele dezembro de 1998, há incríveis 27 anos!

Uma banda que fez o movimento correto em trazer de volta Adrian e Bruce, e que nos brindou com o ótimo Brave New World – não, ele não é um álbum dos anos 1980, mas é um álbum que apontou para o futuro da banda, recuperando o status da banda, trazendo-os para 349.998, meu pai e eu para o Rock in Rio 3, e dando a esperança para a gente seguir presenciando, se não mais em estúdio a maestria dos anos 1980, ao vivo tocando tantos e tantos clássicos e criando bons materiais até hoje – sem contar que, a partir dali e tirando a tour do AMOLAD, a banda adotou o Brasil e especialmente São Paulo como primeira segunda casa…

Como disse, não há como igualar a qualidade dos anos 1980 – aliás, nenhuma banda, nenhuma mesmo, que se consolidou naquela década conseguiu repetir tal feito. Mas há sim de se celebrar (e são apenas exemplos) Montégur, Dance of Death e Paschendale ; These Colours Don’t Run, Brighter Than A Thousand Suns e The Longest Day ; Coming Home, Isle of Avalon, Starblind ; If Eternity Should Fail, The Book of Souls, Empire of the Clouds e, pelo menos até agora, Stratego, The Writing on The Wall, Darkest Hour.

Steve Harris: muito obrigado por ter sonhado e seguir sonhando, chefe. Obrigado por acreditar, por nos brindar com esse legado inacreditável. Pela humildade de seguir tocando e tocando e tocando, de volta aos lugares pequenos com o British Lion (mas dá para fazer mais ali em termos de qualidade, hein?). Por abrir espaço aos seus companheiros para compor e nos brindar com clássicos como você também o fez. Para o futuro, Steve, humildemente lhe falo que nem tudo precisa da “fórmula” ou tentar “soar épico”.

Obrigado a todos os membros da banda – citando apenas os mais marcantes como Clive e Paul, que já nos deixaram. E, obviamente, obrigado ao magistral Nicko – quis o destino do nosso país ter a honra de vê-lo em ação com a banda pela última vez, a princípio…

Somos privilegiados de ainda podermos ver esse quarteto mágico ao vivo ainda – Steve, Bruce, Dave e Adrian – e o Gers, que virou também uma espinha dorsal para a banda seguir e trouxe, sim, boas contribuições, como algumas citadas acima. O novo batera, “brother do Steve”, o Simon, bom (2), é um ótimo batera, mas ainda tenho dificuldade, confesso… mas, sim, faz ali o que é necessário…

Conversando com minha irmã justamente no dia de Natal, ou seja, no dia do aniversário da banda, em um momento aleatório, sei lá o motivo da gente falar sobre possíveis frases para uma lápide… e eu falei que, apesar de não querer ser enterrado, que, se fosse, a minha provavelmente seria…

UP THE IRONS!

[ ] ‘ s,

Eduardo.



Categorias:Curiosidades, Iron Maiden

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