Discografia HM – Meu tardio agradecimento para 2021!

Dadas todas as proporções devidas dos fatos ocorridos mundialmente, o ano de 2021 nasceu com um único propósito: ser melhor que o ano de 2020. Pessoalmente, foi um ano até que difícil. No final de junho eu peguei o tal do vírus, quase fui entubado e depois o que se seguiu foi uma série de exames e uma readequação alimentar e de exercícios que ou eu fazia ou eu fazia. E com isso, o tempo, que nunca é suficiente, encurtou ainda mais – me afastando um pouco dos posts desse blog que tanto gosto de escrever.

E como eu quis escrever posts aqui! Porque, musicalmente, o ano de 2021 teve uma quantidade de álbuns singulares e sensacionais! Alguns eu consegui resenhar (no primeiro semestre do ano). Por isso, vim até aqui para deixar um resumo de álbuns que todos devem reservar um tempo para ouvir. Eu mesmo não consegui deglutir todos eles do jeito que eu queria, então estou correndo atrás do prejuízo. Fica aqui como incentivo…

Ah… e também agradecer ao ano de 2021! Muito obrigado, você conseguiu cumprir a meta de ser melhor que seu antecessor!

E antes que alguém pergunte: os álbuns não obedecem ordem alguma.

Blaze Bayley – War Withing Me

Ainda é muito cedo para eu afirmar que esse é o melhor álbum da carreira de Blaze Bayley, mas uma coisa eu garanto: nunca fiquei tão empolgado e feliz com um álbum dele. Uma obra direta e com músicas excelentes. Blaze canta dentro de uma região bem cômoda e o instrumental está mais encorpado que o próprio Iron Maiden. Steve deveria ouvi-lo para reaprender a utilizar os fraseados de guitarra e uns ritmos mais rápidos.


Adrian Smith / Richie Kotzen – SK

Esse eu resenhei e ouvi de maneira sedenta. Mesmo ele já aparecendo no blog, fica aqui um puxão de orelha se você ainda não colocou seus ouvidos nessa maravilha. De lá para cá, já tem novo trabalho divulgado (o EP Better Days), então temos altas expectativas para o próximo ano. Se tivesse que fazer uma lista dos melhores do ano, talvez esse estivesse na primeira posição.


Edu Falaschi – Vera Cruz

Junto com o novo álbum do Maiden, esse foi o lançamento que mais ouvi no ano. Também pudera – sou fã de carteirinha da carreira de altos e baixos do Edu. Esse álbum eu também resenhei (caprichado hein!) e o próprio time das mídias sociais do Edu me marcou. Inesquecível!


Iron Maiden – Senjutsu

O lançamento de um novo álbum do Iron Maiden é um evento mundial, não interessa o conteúdo. Acredito que se houvesse um índice de álbuns comentados em redes sociais, Senjustu estaria entre os mais comentados (senão “O” mais comentado). No último podcast, que eu não participei, fiquei sabendo que o JP ainda (AINDA!) não o ouviu, então eu não vou dar nenhum spoiler (o que é bom para eu me resguardar para o novo capítulo da discografia)! Mas fica aqui registrada a minha eterna saudade do Martin Birch, onde quer que ele esteja!


Dream Theater – A View from the Top of the World

Aqui temos as mesmas emoções comparadas a um novo lançamento do Iron Maiden. No caso, a emoção principal é a “esperança”: esperança da banda parar com a sonoridade contemporânea e voltar aos brilhos de outrora, nem que for em uma musiquinha aqui ou acolá. Agora, papo reto: pode ouvir sem dó. O Dream Theater conseguiu, nesse lançamento, mostrar uma criatividade musical muito além do que se esperava. A faixa final, homônima, de quase meia hora, é um exagero (não chega aos pés de outras composições tão grandes quanto), mas o que seria desses americanos sem o exagero?! Fica aqui registrada a minha saudade do Mike Portnoy, que felizmente eu consigo matar em outros trabalhos.


KK’s Priest – Sermons of the Sinner

Tem como um ex-membro do Judas Priest juntar uma galera e soar melhor que o próprio Judas? E se tivermos dois ex-membros então?! Bem, se o guitarrista K. K. Downing e o vocalista Tim “Ripper” Owens não sabem a resposta, acho que muitos fãs dos ingleses sabem! Esse é um álbum que entrou para audição no próximo podcast, então não vou ficar tagarelando aqui. Mas que o álbum é bom, ahhhh é bom!


Alirio – All Things Must Pass

Sim, foi um título talvez infeliz, já que o Beatle George Harrison tem um álbum icônico de mesmo nome que completou 30 anos há pouco tempo. Mas tirando esse ponto, vá com tudo para cima do primeiro álbum solo de Alírio Neto, um vocalista muito versátil e que sempre esteve presente em grandes trabalhos. Como não há ainda um link no youtube para o álbum completo, coloco aqui o trabalho oficial da música homônima (que não é cover do Beatle).


Helloween – Helloween

A euforia tomou conta do mundo do Power Metal. Desde 2015 sem lançar nada em estúdio, o Helloween juntou a turma toda (que começou pela Pumpkins United, uma turnê de reunião), incluindo o icônico vocalista Michael Kiske e o fundador da banda e criador do estilo, Kai Hansen, para um material de inéditas com dois vocalistas e três guitarristas. A gente sabe que tudo isso é por dinheiro, mas finge que não, só para dar aquela força. Capa lindíssima e músicas bem calcadas no estilo. Para o fã deitar e rolar!


Crypta – Echoes of the Soul

A separação das brasileiras do Nervosa germinou a formação da Crypta e a produção do single de estreia rendeu um post aqui no blog. Se engana quem acha que o álbum segue o mainstream do primeiro single, From the Ashes. O Death Metal Old Scholl predomina na maioria das faixas. Belo destaque nesse meio mais pesado.


Deep Purple – Turning to Crime

Álbuns de covers não me chamam a atenção. Mas quando os covers são feitos pelos mestres do Deep Purple, ainda na ativa, é para ouvir chorando. Um álbum leve, bem calcado no blues e que merece nosso respeito.


Liquid Tension Experiment 3

Ter Mike Portnoy se juntando a membros de sua ex-banda (da qual não deveria ter saído) sempre é algo tratado com muita ansiedade pelos fãs de Dream Theater e do progressivo em geral. Entretanto, se tratando das maluquices do projeto Liquid Tension Experiment, que chega à sua terceira jornada, é algo para se levar com cautela. Não deixe a primeira faixa desse trabalho, Hypersonic, definir as suas expectativas quanto ao que virar a seguir. Um álbum de audição desafiadora, até mesmo para os ouvidos mais treinados!

Sepultura – SepulQuarta

A pandemia fez muita gente por aí ter que se reinventar, e um passatempo dos brasileiros do Sepultura foi criar lives em seu canal do Youtube, sempre trazendo convidados. O apanhado de episódios ano afora rendeu um álbum – ideia mais que extraordinária e que outras bandas deveriam ter pegado o bonde. E mais uma capa muito bonita…

 

Se faltou algum outro álbum que mereça destaque, por favor, compartilhe! Fica aqui o meu desejo de um bom ano para todos vocês e continuem abraçando o metal com louvor!

Em 2022 teremos novo álbum do Shaman (já confirmado, intitulado Rescue), álbum de figurinhas da Copa e Iron Maiden no Brasil. Não poderia ficar melhor!

Beijo nas crianças!



Categorias:Artistas, Blaze Bayley, Deep Purple, Discografias, Dream Theater, Helloween, Iron Maiden, Judas Priest, Resenhas, Sepultura

5 respostas

  1. Kelsei, ótimo… não, EXCELENTE post.

    Obrigado por compartilhar conosco aqui um fato tão importante para você neste ano e que bom que você está bem e com saúde, e ainda por cima, com melhores hábitos de alimentação e exercícios. Fica claro ainda que estamos muito longe disso tudo passar, portanto, temos todos que continuar nos cuidando, cada vez mais.

    Seu post vai virar, obviamente, link recursivo no post que estou tentando já há alguns dias começar, e espero que até o final do ano saia… a ideia é dar um gás hoje: o da Retrospectiva 2021!

    Valeu ainda pelos comentários sempre com qualidade dos álbuns – o álbum do Blaze seria até o momento para você melhor que o Senjutsu? Ai ai ai… lá vem…

    [ ] ‘ s,

    Eduardo.

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    • Você ouviu o novo do Blaze?

      Quando eu ouço War Within Me, não me decepciono em nenhum momento. Já em Senjutso, não chega a ser uma decepção o que eu sinto, mas tem uma torcida de bico nos timbres de teclado que estão em TODAS as músicas … mas isso não significa um ser melhor que o outro.

      Agora, se você quiser agitar um throwdown entre os álbuns, eu acho que adivinho qual ganha … hahaha

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  2. Agradecimento válido mesmo
    Obrigado 2021

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  3. Excelente post. E uma ótima idéia , em trazer os álbuns relevantes no fim do ano. Kelsei, fica a minha sugestão: Mantenha a idéia nos próximos dezembros!
    Foi muito bom relembrar uma boa parte dessas dicas e colocar novamente alguns na lição de casa ( além do KK Priest, já elencado). Obrigado por fazer isso, Kelsei.
    Desses álbuns acima, posso reiterar , sem o perigo dos spoilers, o pensamento sobre o novo Dream Theater. Não chega aos pés da fase clássica, mas é longe a melhor coisa em muito tempo. Apesar da faixa titulo e apesar do primeiro single. E apesar do timbre da bateria, em especial da caixa.
    Que em 2022 eu possa contribuir mais no blog e ter mais tempo para curtir as dicas e pensamentos dos amigos por aqui.

    Alexandre

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